BEIRUTE (Reuters) - A Síria rejeita qualquer cessar-fogo negociado por qualquer parte no leste de Aleppo, tomado por rebeldes, a não ser que os grupos que considera terroristas saiam do local, informou o Ministério das Relações Exteriores sírio nesta terça-feira, em comunicado divulgado pela mídia estatal.
Moscou informou na segunda-feira que autoridades russas e norte-americanas irão se encontrar nesta semana para discutir uma possível retirada de rebeldes de Aleppo. Uma autoridade dos Estados Unidos disse à Reuters que Washington pode participar do ato como passo para salvar vidas.
O governo sírio descreve todos os grupos rebeldes que lutam para derrubar o presidente Bashar al-Assad como terroristas. Os insurgentes incluem grupos apoiados pelos Estados Unidos, Turquia e monarquias do Golfo, assim como militantes jihadistas.
A Rússia e a China vetaram na segunda-feira uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para um cessar-fogo de duração de uma semana, com Moscou argumentando que rebeldes usaram tais pausas no confronto para se fortalecerem, causando mais lutas e mais danos a civis.
A Rússia, maior aliada estrangeira de Assad, conduziu uma campanha de ataques aéreos contra o rebeldes desde setembro de 2015, incluindo em Aleppo.
Moscou diz ter como alvo o grupo Jabhat Fateh al-Sham, ex-afiliado da Al Qaeda e previamente conhecido como Frente Nusra, na cidade. Rebeldes sediados em Aleppo dizem que o Fateh Al-Sham não está presente na cidade em números significativos.
(Reportagem de Angus McDowall)