Por Scott Malone
BOSTON (Reuters) - O Estado norte-americano de Massachusetts planeja se unir nesta terça-feira a uma batalha judicial contra as restrições de viagem impostas por um decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a sete países de maioria muçulmana.
A procuradora-geral estadual, a democrata Maura Healey, considerou a ordem de Trump uma medida inconstitucional. Em uma postagem no Twitter, ela disse que seu gabinete irá se unir a uma ação civil em um tribunal federal questionando a proibição. No sábado, um juiz federal de Boston, que abriga o Aeroporto Internacional de Logan, impediu que o decreto de Trump seja aplicado durante sete dias.
"Estaremos nos juntando a uma ação civil questionando o decreto de imigração de Trump", disse a procuradora no Twitter. "O que ele fez foi inconstitucional e prejudicial (para Massachusetts)".
Massachusetts estaria seguindo o exemplo de Washington, que na segunda-feira disse que irá apresentar uma ação civil em uma corte federal desafiando a proibição com argumentos constitucionais.
O decreto presidencial impediu que pessoas com passaportes de Síria, Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen viajem aos EUA durante 90 dias e interrompeu o reassentamento de todos os refugiados por 120 dias. Em entrevista a uma emissora cristã no final de semana, Trump disse que dará preferência a sírios cristãos em busca de status de refugiados.
A Casa Branca descreveu a medida como necessária "para proteger o povo norte-americano de ataques terroristas de cidadãos admitidos nos Estados Unidos".
Milhares de pessoas foram às ruas e a aeroportos de grandes cidades do país durante o fim de semana para protestar contra a ação, que também causou uma reação negativa global, incluindo críticas de aliados dos EUA que a veem como discriminatória.
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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