Por Marius Bosch e Maher Chmaytelli
MOSUL/ERBIL, Iraque (Reuters) - Militantes do Estado Islâmico explodiram nesta quarta-feira a Grande Mesquita de al-Nuri, em Mosul, e seu famoso minarete inclinado, segundo comunicado militar iraquiano, num momento em que forças do Iraque buscam expulsar o grupo da cidade.
Foi nesta mesquita medieval que o líder dos militantes Abu Bakr al-Baghdadi declarou um autodenominado “califado” abrangendo partes da Síria e Iraque há três anos.
A agência de notícias do Estado Islâmico, Amaq, acusou aeronave norte-americana de destruir a mesquita.
“As gangues de terror do Estado Islâmico cometeram outro crime histórico ao explodirem a mesquita de al-Nuri e seu histórico minarete al-Hadba”, informou o comunicado militar iraquiano.
As explosões aconteceram à medida que unidades de elite do Serviço Antiterrorismo do Iraque, que têm lutado para atravessar a Cidade Antiga de Mosul, chegaram a cerca de 50 metros da mesquita, segundo o comunicado.
Forças iraquianas informaram nesta quarta-feira que haviam iniciado uma ida em direção à mesquita. Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos está fornecendo apoio aéreo e em solo à ofensiva em Mosul, que teve início em outubro de 2016.
A batalha pela Cidade Velha está se tornando a mais mortífera da arremetida de oito meses para a conquista de Mosul, a capital de fato do Estado Islâmico no Iraque.
Mais de 100 mil civis, metade deles crianças, estão retidos em suas casas antigas e frágeis com pouco alimento, água e remédios, sem eletricidade e com acesso limitado a clínicas.