(Reuters) - A Câmara dos Deputados adiou na madrugada desta quinta-feira, por falta de acordo entre os deputados, a votação da PEC da reforma política que estabelece um novo sistema eleitoral para a escolha de deputados e vereadores em 2018 e 2020 e cria um fundo para financiamento de campanhas.
De acordo com a Agência Câmara, partidos pequenos e médios lutaram contra um acordo fechado entre PP, PDT, PMDB, PT e PSDB em torno de emendas aglutinativas para criar um modelo chamado “distritão misto” na eleição de deputados em 2018, sob o qual venceriam os mais votados, mas sendo admitido o voto no partido, a ser redistribuído de acordo com regulamentação futura.
O adiamento na votação da PEC compromete o calendário para a aprovação das mudanças eleitorais, uma vez que as novas regras precisariam estar em vigor um ano antes do pleito de outubro de 2018 para serem aplicadas na próxima eleição.
Lideranças partidárias chegaram a anunciar durante as discussões de quarta-feira que tinham fechado acordo para votar um texto de consenso para a PEC, estabelecendo como sistema eleitoral para a escolha de deputados e vereadores em 2018 e 2020 o chamado distritão misto e criando um fundo para financiamento de campanhas. [nL2N1LV00J]
No final da noite, no entanto, as emendas foram retiradas de pauta diante da perspectiva de derrota e votação foi encerrada por falta de quórum depois que os maiores partidos passaram à obstrução, segundo a Agência Câmara.