BEIRUTE (Reuters) - O número de mortos em ataques aéreos numa cidade síria em uma “zona de desescalada” cresceu para 61, informou nesta terça-feira um grupo de monitoramento da guerra, em uma demonstração do frágil estado de áreas estabelecidas em tentativa de diminuir a violência.
Rebeldes jihadistas culparam aviões de guerra russos pelo ataque de segunda-feira e disseram que irão lutar de volta contra forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, e seus apoiadores russos e iranianos no conflito de seis anos.
O Observatório Sírio para Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, informou que três ataques aéreos atingiram o mercado de Atareb, oeste de Aleppo, e mataram ao menos 61 pessoas.
Atareb fica dentro do que é conhecido como uma zona de desescalada sob um acordo entre Turquia, Rússia e Irã para reduzir mortes. Mas, apesar de esforços diplomáticos, lutas continuam em muitas áreas, incluindo Aleppo, Idlib, Raqqa, Deir al-Zor e Hama.
“(As zonas) diminuíram confrontos”, disse à Reuters o assessor humanitário da Organização das Nações Unidas Jan Egeland. Mas ultimamente “tem havido um aumento de confrontos também”.
As zonas foram estabelecidas sob o processo de Astana, uma série de conversas na capital do Cazaquistão entre a Rússia e o Irã, e a Turquia, apoiadora dos rebeldes.
Os países concordaram em setembro em enviar observadores para a fronteira de uma zona de desescalada na província síria de Idlib, que está amplamente sob controle de insurgentes islâmicos.
(Reportagem de Sarah Dadouch; Reportagem adicional de Raya Jalabi, em Erbil)