Investing.com - O dólar norte-americano ampliava as perdas frente a uma cesta de moedas nesta segunda-feira devido a expectativas de que o ataque com mísseis conduzido pelos EUA não irá levar a um conflito maior e após Donald Trump, presidente norte-americano, ter acusado a China e a Rússia de desvalorização da moeda.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,40% para 89,15 às 09h43.
Os ânimos do mercado melhoraram devido ao alívio com o fato de que os ataques com mísseis na Síria não levaram a uma resposta da Rússia, principal aliado sírio.
Investidores mantinham cautela, já que os EUA se preparavam para anunciar uma nova rodada de sanções econômicas contra a Rússia devido ao envolvimento deste país no uso de armas químicas pela Síria.
Os ataques militares foram feitos em resposta a um suposto ataque com armas químicas contra civis em Damasco e foram a maior intervenção militar já feita por países ocidentais contra o presidente sírio, Bashar al-Assad.
O dólar também estava sob pressão após o presidente Trump ter acusado em uma postagem no Twitter a Rússia e a China de desvalorizarem suas moedas enquanto os EUA elevam suas taxas de juros.
"Rússia e China estão jogando o jogo da Desvalorização Cambiam enquanto os EUA continuam a elevar as taxas de juros. Não é aceitável!", afirmou Trump.
O dólar deixava de lado dados mostrando que as vendas no varejo dos EUA tiveram recuperação de 0,6% em março, quebrando uma sequência de três meses de quedas.
O dólar estava mais fraco frente ao iene, com o par USD/JPY recuando 0,61% para 107,22.
O euro subia à máxima do dia frente à moeda norte-americana, com o par EUR/USD avançando 0,45% para 1,2384.
A libra subia acima do nível de US$ 1,43 pela primeira vez desde janeiro em meio a expectativas de um aumento dos juros pelo Banco da Inglaterra já no próximo mês.
O par GBP/USD avançava 0,58% para 1,4321.
Investidores aguardam o mais recente relatório de empregos do Reino Unido, que será divulgado na terça-feira e será acompanhado pela inflação na quarta-feira e vendas no varejo na quinta-feira, o que pode determinar a direção da política monetária.