SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização da safra 2018/19 de soja de Mato Grosso, maior Estado produtor brasileiro de grãos, está praticamente paralisada, devido a incertezas relacionadas ao preço do frete rodoviário, enquanto o setor contesta na Justiça a tabela de preços mínimos do governo, informou nesta segunda-feira o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo o órgão ligado aos produtores, a comercialização da safra futura alcançou 21,5 por cento do total esperado, um avanço mensal de 0,48 ponto percentual quando comparado com julho.
"O principal fator que continua retendo o mercado de soja futura é a indecisão quanto aos custos do frete", disse o Imea.
O indicador aponta que as vendas antecipadas, ainda assim, estão 6,46 pontos percentuais adiantadas na comparação com a mesma época da temporada anterior.
Já a comercialização da soja mato-grossense da safra velha (2017/18) alcançou o total de 90 por cento de todo volume produzido, com um avanço mensal de 3,79 pontos percentuais ante o mês de julho, ficando 1,59 ponto à frente do mesmo período da safra anterior.
"Após o cenário de paralisação por parte dos caminhoneiros, vivenciado nos últimos meses, o mercado disponível de soja começa a ganhar novamente fluidez. Porém, de maneira cautelosa, com algumas negociações pontuais, além de o produtor nesse período buscar uma melhor margem de lucro, visto que a maior parte da oleaginosa já foi vendida."
(Por Roberto Samora)