Por Brian Ellsworth e Luc Cohen
(Reuters) - O ex-chefe do Tesouro Nacional da Venezuela admitiu ter recebido mais de um bilhão de dólares em propinas como parte de operações ilícitas em moeda estrangeira que envolveram um magnata de televisão local indiciado em tribunais dos Estados Unidos, de acordo com documentos legais norte-americanos divulgados na terça-feira.
Alejandro Andrade, que comandou o Tesouro durante quatro anos durante o governo do falecido líder socialista Hugo Chávez, recebeu propriedades, relógios Rolex de ouro e platina e veículos Mercedes Benz como parte do esquema, segundo os documentos do distrito sul da Flórida.
Ele o fez com a ajuda de conspiradores como Raúl Gorrin, dono da rede de televisão Globovisión, que foi acusado de subornar Andrade e outros e de ajudar a lavar o dinheiro dos pagamentos, de acordo com documentos divulgados nesta semana.
Os casos fazem parte de um esforço mais amplo de procuradores federais dos EUA para coibir o uso do sistema financeiro norte-americano para a lavagem de rendimentos da corrupção na Venezuela.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem dito pouco sobre os processos criminais contra ex-autoridades venezuelanas, mas diz que os EUA estão tentando prejudicar seu governo com sanções financeiras.
O Ministério da Informação da Venezuela não respondeu de imediato a pedido por comentário.