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Câmara de Comércio dos EUA pede que Governo não se meta em decisões da GM

Publicado 01.06.2009, 21:29
Atualizado 04.06.2009, 07:53

Washington, 1 jun (EFE).- A Câmara de Comércio dos Estados Unidos, a maior associação empresarial do país, pediu hoje ao Governo que não se intrometa nas decisões comerciais da General Motors (GM), enquanto a Ford exigiu que o Executivo não beneficie indevidamente a montadora automobilística concorrente.

Thomas Donohue, presidente da associação, advertiu de que se os interesses políticos começarem a influenciar na gestão da General Motors, que pediu concordata hoje, a empresa "não voltará a ser rentável".

Já a Ford, a única grande fabricante americana que não está em vias de falências, pediu ao Governo que "não mude a dinâmica competitiva do setor e que não dê tratamento preferencial" por ser acionista majoritário da GM.

A Administração de Barack Obama ofereceu US$ 30,1 bilhões para ajudar a General Motors a reestruturar as operações e sair da quebra.

A Câmara de Comércio repercutiu um artigo publicado hoje pelo jornal "The Washington Post" que afirmava que o Governo obrigou a Magna, que assumirá o controle das operações da General Motors na Europa sob a marca Opel, a se comprometer a não vender automóveis nos Estados Unidos e, pelo menos temporariamente, na China.

O Departamento do Tesouro rebateu e disse que a reportagem é "incorreta" e que o Governo apoia "o livre mercado".

Mesmo assim, a Câmara de Comércio denunciou as supostas pressões como "exemplos claros de manipulação do mercado e protecionismo".

A associação também criticou os sindicatos por supostamente tentar influir nas decisões da gerência da General Motors, e pôs como exemplo a insistência em que a empresa fabrique automóveis menores.

"Lutaremos contra qualquer influência contraproducente do Governo, dos sindicatos ou dos políticos sobre decisões que deveriam ser deixadas à gerência, e insistiremos continuamente em que o Governo reduza e elimine sua participação (nas empresas) o mais rápido possível", afirmou Donohue.

Obama tentou aplacar essas inquietações em um discurso hoje, no qual disse que o Governo controlará a GM só de forma temporária e sairá do conjunto de acionistas "rapidamente". EFE

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