PEQUIM (Reuters) - O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, disse ter tido conversas "muito abertas" sobre privacidade e segurança com uma autoridade sênior da China, segundo a agência oficial de notícias Xinhua, dias após um grupo de monitoramente da web ter ligado o governo chinês a um ataque eletrônico contra o serviço iCloud da Apple na China.
As declarações de Cook, feitas em entrevista à Xinhua, foram seus primeiros comentários públicos desde que se reuniu com o vice-premiê Ma Kai em Pequim, na quarta-feira.
A visita de Cook à China tem sido ofuscada por um relato do grupo de monitoramento de web Greatfire.org, alegando que o governo chinês teve envolvimento em um ataque eletrônico contra usuários da Apple na China.
O governo negou veementemente as alegações, dizendo que o próprio governo foi vítima de ataques de hackers.
A entrevista da Xinhua não fez menção ao ataque. Questionada sobre o relato da Greatfire, a Apple disse que está "ciente de ataques organizados e intermitentes à rede", sem dar detalhes.
Na entrevista, Cook disse que uma das prioridades da Apple para a China é a introdução do recém-lançado serviço de pagamentos móveis Apple Pay, e que ainda ele ainda estava buscando entender os passos necessários para fazê-lo.
"A China é realmente um mercado importante para nós", disse Cook à Xinhua. "Tudo que fizermos, vamos trabalhar aqui. O Apple Pay está no topo da lista."
A mídia chinesa noticiou no mês passado que a Apple estava perto de um acordo com a rede de cartões chinesa Unionpay para lançar o Apple Pay no país mais populoso do mundo.
(Por Gerry Shih)