SÃO PAULO (Reuters) - A China passou a aceitar nesta semana a assinatura eletrônica de certificados fitossanitários do Brasil para a exportação de produtos agrícolas, disse a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) nesta sexta-feira.
O procedimento temporário, que foi implementado pelo Ministério da Agricultura para lidar com as restrições de circulação em meio à pandemia de coronavírus, também deve ser aceito pelo Vietnã, segundo a entidade.
"Alguns importadores ainda estão reticentes, mas as conversas entre o governo brasileiro e as autoridades fitossanitárias vietnamitas indicam que a aceitação é um fato", disse a Anec em comunicado.
Pela medida, o ministério envia cópias dos certificados às autoridades dos países importadores, que em seguida verificam a autenticidade e encaminham os termos aos portos.
"O empenho de todos tem possibilitado a continuidade do comércio internacional de alimentos de forma segura para todos os elementos envolvidos em seus processos", celebrou a associação.
OPERAÇÃO DOS PORTOS
Na mesma nota, a entidade reafirmou que os trabalhos seguem normais nos terminais portuários do Brasil, com a aplicação de protocolos de prevenção ao coronavírus nas localidades.
"As contaminações e mortes por Covid-19 vêm aumentando no Brasil, mas, graças à observação de rígidas normas de proteção à saúde, as operações portuárias e o trânsito de cargas continuam normais em todo o país", afirmou a entidade.
A Anec aproveitou para destacar que o "lockdown" no Maranhão, onde está o porto de Itaqui, permite a realização dos serviços essenciais, embora exija justificativas para determinados serviços pelos agentes. A Reuters noticiou durante a semana a normalidade das operações no local.
Os portos de Barcarena e Santarém, no Pará, onde o "lockdown" também foi aplicado, não enfrentam problemas para transporte de cargas e serviços essenciais, segundo a Anec.
De acordo com o boletim mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na noite de quinta-feira, o Brasil possui 135.106 casos de coronavírus, além de 9.888 mortes em decorrência da Covid-19.
(Por Gabriel Araujo)