Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O comprador da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), da Petrobras (SA:PETR4), em Manaus (AM), disse nesta quinta-feira que a aquisição tem como objetivo elevar a oferta de combustíveis e derivados de petróleo e gás para a região de influencia da unidade.
A Petrobras informou na véspera ter assinado contrato com a Ream Participações para a venda da Reman e de seus ativos logísticos associados, por 189,5 milhões de dólares.
A meta, segundo a Ream Participações, do Grupo Atem, é que o crescimento de oferta "ocorra de forma eficiente do ponto de vista logístico e sob condições comerciais isonômicas, sempre visando a otimização do mercado de combustíveis e o melhor interesse daqueles que atuam neste mercado".
"Tudo isso ao mesmo tempo em que assegura o desenvolvimento social e econômico da região amazônica", completou.
A Reman tem a capacidade atualmente de processar mais de 7 mil metros cúbicos de petróleo/dia, ou cerca de 46 mil barris/dia. Dentre os produtos lá industrializados, estão principalmente a gasolina e o diesel, além de querosene para aviação, óleos combustíveis, asfalto e gás.
A conclusão do negócio ainda depende de condições precedentes, como a aprovação pelo órgão antitruste Cade.
O Grupo Atem é composto por diversas sociedades, sendo a principal delas a Atem Distribuidora de Petróleo, sociedade anônima, fundada há mais de 20 anos pelos irmãos Dibo, Miquéias e Naidson, este o presidente do Grupo Atem, que está presente hoje em nove Estados do país.
"Conhecemos e operamos na Região Norte por meio das diversas sociedades que compõem o grupo e sabemos das dificuldades logísticas enfrentadas pelas empresas que aqui trabalham", afirmou em nota Miqueias Atem, acionista da companhia.
"A aquisição da refinaria por uma companhia que conhece o atacado e o varejo regional trará sinergias e benefícios para todos que atuam neste mercado."
A empresa pontuou que tem bases de distribuição próprias não apenas em Manaus, mas também em Santarém (PA), Itaituba (PA), Porto Velho (RO), Vilhena (RO), Sinop (MT) e Campo Grande (MS). Além disso, tem mais de 300 franqueados e 2 mil clientes ativos na região, onde realiza transporte por via fluvial e rodoviária
A futura presidente da Reman será a engenheira Flavia Soluri. Com mestrado pela Coppe/UFRJ e MBA pela Kellogg School of Management, Soluri tem carreira de mais de 15 anos com passagem por posições globais nas multinacionais Vale (SA:VALE3) e Newmont Corporation, ocupando posições chaves no Brasil e no exterior.
O Mattos Filho atuou como assessor jurídico e o Banco Itaú BBA como assessor financeiro do Grupo Atem na transação.
(Por Marta Nogueira)