WASHINGTON (Reuters) -A atividade do setor de serviços dos Estados Unidos cresceu a um ritmo moderado em agosto, mas há sinais preliminares de que as restrições de oferta e a alta nos preços estão começando a diminuir, sugerindo que qualquer desaceleração no crescimento econômico neste trimestre será temporária.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou nesta sexta-feira que seu índice de atividade não-manufatureira caiu para 61,7 no mês passado, após disparar para 64,1 em julho, a maior leitura da série histórica.
Uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica norte-americana. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 61,5.
Economistas reduziram drasticamente suas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre para uma mínima de 2,9% em taxa anualizada, ante a previsão de um ritmo de expansão de 9%, mencionando a mais recente onda de infecções por coronavírus, a diminuição do estímulo fiscal e restrições de oferta, que desencadearam uma alta nos preços.
A economia cresceu a uma taxa de 6,6% no segundo trimestre. Economistas esperam que o crescimento acelere no quarto trimestre, conforme os gargalos de oferta e a inflação diminuem.
A medida de entregas de fornecedores da pesquisa do ISM caiu para 69,6 no mês passado, ante uma leitura de 72,0 em julho. Uma leitura acima de 50 indica entregas mais lentas. Com as entregas melhorando, os preços moderaram. A medida sobre os preços pagos pelo setor de serviços caiu para 75,4, após subir para 82,3 em julho, se aproximando de uma máxima em 16 anos.
Apesar da desaceleração da atividade em agosto, os setores de serviços continuam sendo sustentados pela mudança dos gastos de bens para serviços, à medida que a economia se normaliza após ter sido fortemente afetada pela pandemia.
A medida de novos pedidos da indústria de serviços na pesquisa do ISM caiu para 63,2, de 63,7 em julho.
Os setores de serviços mantiveram um ritmo constante de contratações no mês passado. A medida do ISM sobre empregos em serviços caiu para 53,7, ante 53,8 em julho, provavelmente refletindo uma escassez contínua de trabalhadores causada pela pandemia.
(Por Lucia Mutikani)
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 5047 2838))
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