BUENOS AIRES (Reuters) - Autoridades do Banco Central argentino entraram na sede do Citibank na Argentina nesta segunda-feira em meio à intensificação de uma batalha entre o governo e um grupo de fundos de hedge norte-americano que se recusa a aceitar desconto no pagamento da dívida em default do país.
Autoridades argentinas afirmaram que o Citibank violou leis locais ao acertar um acordo com os fundos de hedge. O Citibank Argentina foi suspenso de conduzir operações no mercado argentino e seu presidente-executivo teve autoridade revogada.
"Haverá uma inspeção no Citibank Argentina hoje para garantir que está em vigor", disse um porta-voz do banco central argentino. A tarefa das autoridades será monitorar as operações, não assumir a administração do banco, disse o representante.
Representantes do Citibank não comentaram o assunto.
A Argentina apelou nesta segunda-feira de uma ordem de um tribunal federal dos Estados Unidos que levou o país a deixar de completar o pagamento de juros de bônus locais pela primeira vez desde julho.
O caso tem origem na disputa que já dura uma década entre o governo da presidente Cristina Kirchner e fundos de hedge baseados em Nova York sobre os termos de pagamento oferecidos em uma troca de bônus que se seguiu ao calote recorde argentino em 2002.
O juiz Thomas Griesa permitiu que os fundos de hedge recebam pagamento integral da dívida em default e impediu a Argentina de pagar juros de sua dívida reestruturada até que faça acordo com os credores.
(Reportagem de Hugh Bronstein)