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Banco BMG e Tivit esboçam retomada dos IPOs às vésperas da eleição presidencial

Publicado 22.10.2018, 19:49
© Reuters.  Banco BMG e Tivit esboçam retomada dos IPOs às vésperas da eleição presidencial
IBOV
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BPAC11
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SÃO PAULO (Reuters) - O Banco BMG e a companhia de serviços de tecnologia Tivit pediram nesta segunda-feira registro para ofertas iniciais de ações (IPO), dias antes do desfecho da corrida presidencial, o que pode ser o início de um novo ciclo de revoada de empresas brasileiras para o mercado de capitais.

No caso do grupo de tecnologia, cujo nome completo é Tivit Terceirização de Processos, Serviços e Tecnologia, o movimento retoma um processo que foi suspenso em setembro do ano passado.

Na época, a empresa que fornece serviços de computação em nuvem e infraestrutura de tecnologia da informação em 10 países da América Latina, desistiu da operação no dia da precificação da oferta, devido à baixa demanda dos investidores pelos papéis.

Agora, a operação que envolve apenas oferta secundária (ações detidas por atuais sócios), tem como coordenadores o Itaú BBA, o JPMorgan, o Bradesco BBI e o BTG Pactual (SA:BPAC11).

Os recursos da oferta devem ir para os cofres da Apax, que pagou 1,7 bilhão de reais para comprar a Tivit em 2010 dos então acionistas controladores Votorantim e Pátria Investimentos.

No caso do BMG, o IPO envolve ofertas primária (de ações novas, cujos recursos vão para o caixa da companhia) e secundária (de papéis detidos pelos atuais sócios). O coordenador líder da transação é o JPMorgan.

Após ter movimentado cerca de 23 bilhões de reais em 2017, o ano mais movimentado no país em quatro anos, apenas três empresas conseguiram emplacar suas ofertas neste ano, com uma captação total de 6,75 bilhões de reais. A última estreia na B3 foi do Banco Inter (SA:BIDI4), no fim de abril.

Desde então, o mercado de ofertas de ações no país enfrentou um congelamento, antes de eventos como a greve de caminhoneiros que paralisou o país, em maio, e ciclo de aumento de juros, nos Estados Unidos, que causaram turbulência nos mercados internacionais. Em seguida, as incertezas com a economia devido ao início da corrida presidencial mantiveram empresas e investidores na defensiva.

Nas últimas semanas, com pesquisas de intenção de voto mostrando favoritismo do candidato Jair Bolsonaro (PSL), preferido pelo mercado pelas propostas econômicas mais liberalizantes, o mercado de renda variável tem exibido forte alta, cenário que abre caminho para novas ofertas de ações.

Nesta segunda-feira, o Ibovespa fechou com alta de 1,63 por cento, aos 85.596 pontos, pouco mais de 2 por cento abaixo da máxima histórica de fechamento.

O avanço aconteceu após pesquisas de intenção de votos divulgadas mais cedo. A primeira, encomendada pelo BTG Pactual à FSB Pesquisas para o segundo turno, mostrou Bolsonaro com 20 pontos de vantagem sobre Fernando Haddad (PT) entre os votos válidos. A segunda, CNT/MDA, mostrou Bolsonaro com 57 por cento dos votos válidos ante 43 por cento de Haddad.

No final de agosto, o presidente-executivo da B3, Gilson Finkelsztain, afirmou à Reuters que 15 a 30 empresas brasileiras estavam prontas para listarem ações na bolsa paulista até o final de 2019, citando que o movimento poderia deslanchar após o fim das eleições presidenciais.

(Por Aluísio Alves)

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