São Paulo, 5 jul (EFE).- O Banco do Brasil e a seguradora espanhola Mapfre anunciaram nesta terça-feira o início de suas operações conjuntas após acordo alcançado em 2009, que transforma a aliança resultante na segunda maior seguradora do país.
A associação entre a divisão de seguros do banco, BB Seguros Participações, e a filial no Brasil do grupo espanhol tem duração de 20 anos prorrogáveis. Ambas companhias começaram a operar de forma unificada no último dia 1º, após receber as autorizações dos organismos competentes.
Fruto dessa união, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, que possui uma fração de mercado de 15,6%, obteve uma arrecadação de R$ 8,6 bilhões em 2010, atrás apenas do Bradesco. A previsão é que o grupo arrecade R$ 9,2 bilhões este ano, segundo comunicado divulgado pelo grupo nesta terça-feira.
A aliança entre as companhias, que permite o desenvolvimento e comercialização de seguros, ocupa o primeiro lugar quando se exclui o ramo de saúde, no qual a sociedade formada por Mapfre e Banco do Brasil não opera.
O grupo está estruturado em duas divisões: um primeiro holding destinado ao ramo de vida, setor imobiliário e agricultura, presidido por Roberto Barroso, e uma segunda firma para o segmento de automóvel, seguros gerais e "affinity", comandada por Marcos Eduardo Ferreira.
Em entrevista coletiva em São Paulo, Barroso afirmou que o grupo realizou um processo de "racionalização" e "concentração" para passar das 14 empresas que somavam ambas empresas para um total de seis.
A nova companhia, que possui mais de quatro mil funcionários, 17 mil pontos de venda e 25 milhões de clientes, tem o objetivo de crescer "acima da média do mercado em todas as linhas de negócio", destacou Ferreira, que não quis concretizar uma previsão de crescimento para os próximos anos.
O diretor explicou que a Mapfre tem em seu plano de negócios a meta de se introduzir de forma independente no ramo de saúde sob uma fórmula ainda não definida que contempla "começar do zero" ou a aliança com um sócio local.
Ferreira acrescentou que o grupo manterá as duas marcas operativas por serem "dois ativos valiosos bem posicionados no mercado", esclareceu.
Os diretores, que não ofereceram números do investimento, explicaram que a prioridade será a tecnologia e o atendimento ao cliente. Na opinião de Ferreira, o principal benefício ao cliente é um catálogo mais amplo de produtos e serviços, além de uma vasta rede de escritórios.
Ambos empresários se mostraram otimistas com as perspectivas do setor, uma vez que a previsão de crescimento do mercado de seguros no Brasil é de 13% para este ano. Atualmente, o mercado de seguros representa 5% do PIB brasileiro, segundo fontes da companhia. EFE