Por Alberto Alerigi
SÃO PAULO (Reuters) - O Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) apurou crescimento de 8,8% no lucro líquido recorrente do primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, com avanço de dois dígitos na margem financeira bruta e incremento de 46% nas provisões para inadimplência.
O lucro líquido recorrente foi de 9,3 bilhões de reais de janeiro ao final de março, levemente acima da expectativa média do mercado de 9,1 bilhões de reais, segundo dados da Lseg.
A provisão para devedores duvidosos (PCLD) somou 8,54 bilhões de reais, e a margem financeira bruta 25,7 bilhões.
O BB anunciou ainda que aprovou distribuição de dividendos de 940,6 milhões de reais em dividendos, equivalentes a cerca de 0,165 real por ação, e 1,67 bilhão em juros sobre capital próprio complementar, que representa 0,293 real por papel. Os valores serão pagos em 21 de junho, informou a instituição.
O banco apurou inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias de 2,9%, ante 2,92% no final de dezembro, mas acima dos 2,62% do primeiro trimestre de 2023.
O movimento ocorreu em meio a um crescimento da carteira de crédito ampliada de 10,2% no primeiro trimestre ante o desempenho de um ano antes, para 1,14 trilhão de reais, puxada pela alta de 15,5% dos financiamentos ao segmento do agronegócio.
O resultado deixou o BB dentro das estimativas para o ano, que preveem alta de 8% a 12% na carteira de crédito e expansão de 7% a 11% na margem financeira bruta. O lucro anualizado, enquanto isso, está na ponta baixa do "guidance" de 37 bilhões a 40 bilhões de reais, enquanto a PCLD se mostra acima da estimativa para 2024 de 27 bilhões a 30 bilhões de reais.
O Banco do Brasil apurou um índice de eficiência, quanto menor, melhor, de 25,9% no primeiro trimestre, em um desempenho mais positivo que os 28,7% de um ano antes. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido ficou praticamente estável no período, a 21,7%.