O Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 9,300 bilhões, um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período de 2023. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, o resultado do banco teve queda de 1,5%.
O banco público afirma que o crescimento em base anual é reflexo do sucesso da execução da estratégia focada na proximidade com os clientes. Houve ainda um crescimento da margem bruta do banco, fruto do avanço da carteira de crédito, que aumentou o volume de ativos que rendem juros, e também uma expansão no resultado da tesouraria, diante do crescimento do lucro do Patagonia, banco argentino controlado pelo BB.
O BB encerrou o trimestre com retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 21,7%, alta de 0,7 ponto porcentual em base anual, mas uma baixa de 0,9 p.p. em três meses. Assim como o lucro, o retorno foi o segundo maior entre os maiores bancos listados do País, atrás somente do Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4).
A margem financeira do banco, que mede o resultado com operações que rendem juros, foi de R$ 25,734 bilhões, crescimento de 21,6% em um ano puxada pelos resultados da tesouraria, que subiram 223%, para R$ 5,457 bilhões. A margem com clientes foi de R$ 20,277 bilhões, 4,1% maior que no mesmo intervalo de 2023.
No trimestre, a receita do banco com serviços foi de R$ 8,344 bilhões, alta de 2,6% em um ano. O número foi impulsionado pelas linhas de seguros, previdência e capitalização, que subiram 11,5%, e pela de operações de crédito e garantias, que subiu 10,4%.
A carteira cresceu 10,2% em um ano, para R$ 1,138 trilhão. O número foi puxado pelo agronegócio, cuja carteira teve alta de 15,5% no mesmo período. Cerca de um terço da carteira da instituição é destinada ao agro, segmento de inadimplência mais baixa e em que o BB é líder.
A inadimplência da carteira em março era de 2,9%, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, alta de 0,3 ponto porcentual em um ano, mas estável em três meses. Entre os quatro maiores bancos listados do País, foi a segunda menor, atrás também do Itaú.
O BB fechou o trimestre com R$ 2,305 trilhões em ativos, um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, e de 6,1% em três meses. O patrimônio líquido em R$ 179,021 bilhões, alta de 5,6% em um ano.