Investing.com - Após reportar lucro líquido de R$ 3,02 bilhões nos três primeiros meses do ano, as ações do Banco do Brasil (SA:BBAS3) iniciam a sessão desta quinta-feira com queda de 4,04% a R$ 35,84. O resultado representa um avanço de 20,3%. No entanto, o número representou queda sequencial de 5,1% , após quatro trimestres seguidos de crescimento nessa medição.
Para a XP Investimentos, o resultado do maior banco privado brasileiro ficou em linha com o esperado pelo mercado nas principais métricas de rentabilidade e crédito. No entanto, em relação a qualidade e recorrência dos números, os analistas consideram o balanço marginalmente negativo.
O lucro líquido recorrente de R$3,026 (ROE 13,2%) refletiu a sazonalidade desfavorável do trimestre (-5,1% na comparação trimestral) e a redução da carteira de crédito de 1,3%, puxada principalmente por Médias e Pequenas empresas (-8% no trimestre).
Como pontos positivos do resultado foram, a corretora destaca a melhora da inadimplência acima de 90 dias mesmo com o efeito sazonal (3,65% da carteira de crédito comparado com 3,74% no trimestre anterior) e a mudança anunciada na política de dividendos que elevou de 25% do lucro líquido para o intervalo de 30 a 40%.
Já a Coinvalores não viu grandes surpresas no resultado, com redução na margem financeira, que já era esperada tanto na comparação anual quanto na anual. No tocante à PDD o banco teve uma forte melhora na comparação com o com o primeiro trimestre, com queda de 26,3% nas despesas com PDD, mas que veio um pouco acima do último trimestre mesmo com a redução na inadimplência, que segue um pouco acima da média do SFN.
Como resultado, houve uma queda de 5,1% no lucro líquido ajustado na comparação com o trimestre anterior e ROE também mais pressionado. Não esperamos uma grande reação do mercado aos números, mas vemos chance de uma realização dos papéis.
Com Reuters.