📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Banco Votorantim deve reduzir mais a carteira de crédito em 2016

Publicado 22.02.2016, 19:08
© Reuters.  Banco Votorantim deve reduzir mais a carteira de crédito em 2016
BBAS3
-
ITUB
-
BBD
-

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Votorantim, especializado em créditos automotivo e de atacado, deve seguir reduzindo seu estoque de crédito nos próximos trimestres, como parte do esforço de manter a qualidade do balanço, disse o presidente-executivo da instituição financeira, João Teixeira.

"A carteira encolheu e é provável que encolha mais", disse Teixeira em entrevista à Reuters na tarde de sexta-feira. O Banco Votorantim tem o controle dividido entre Grupo Votorantim e Banco do Brasil (SA:BBAS3).

O foco da instituição em linhas que considera mais seguras já tem feito encolher o saldo total de empréstimos. Em setembro passado, dado mais recente disponível, a carteira ampliada do banco era de 66,2 bilhões de reais, queda de 3 por cento em 12 meses. BB e Banco Votorantim divulgam seus dados do quarto trimestre na próxima quinta-feira.

Segundo o executivo, no financiamento de veículos, principal mercado do Banco Votorantim, o foco se concentrou ainda mais no segmento de usados, no qual tem mais experiência. E os empréstimos são condicionados a compradores que aceitam pagar pelo menos 40 por cento do bem à vista. Isso leva o banco a recusar cerca de 60 por cento dos pedidos de financiamento.

"Como há um empenho maior do comprador na saída, a chance de inadimplência é muito menor", disse Teixeira.

Sem mencionar números, o executivo disse que isso tem ajudado a manter sob controle o índice de inadimplência acima de 90 dias da carteira total, que era de 5,3 por cento em setembro, ante 5,9 por cento um ano antes.

Em outra frente, o Banco Votorantim saiu por completo do chamado "middle market", de empresas com faturamento inferior a 200 milhões de reais por ano, um dos segmentos mais atingidos pela crise econômica do país.

"Não tem mágica; temos que nos ajustar às condições de mercado", disse Teixeira, que assumiu o comando do banco em 2011, cerca de dois anos após o BB ter assumido 50 por cento do Banco Votorantim.

Desde então, o executivo vem comandando um processo árido de reestruturação do banco, que teve prejuízo superior a 3 bilhões de reais de 2012 a 2013, na esteira de apostas mais agressivas no financiamento automotivo. O quadro de funcionários, por exemplo, caiu em quase 40 por cento durante sua gestão.

Com isso, o banco vem se mantendo no azul nos últimos dois anos, embora com rentabilidade sobre o patrimônio de apenas 7 por cento, pouco mais de metade do índice do BB e cerca de um terço dos registrados por Itaú Unibanco (SA:ITUB4) e Bradesco (SA:BBDC4).

A meta de Teixeira era de que a rentabilidade do Banco Votorantim se alinhasse à média do mercado já neste ano, mas a forte retração econômica do país interrompeu os planos.

Segundo o executivo, a rentabilidade pode inclusive cair nos próximos trimestres, dado o foco do grupo no controle da inadimplência e a efeitos como o aumento da alíquota de Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre instituições financeiras, no ano passado.

O processo de reestruturação também legou ao banco uma série de contingências trabalhistas e cíveis. Para ajudar a manter resultados positivos, o banco tem ativado créditos fiscais, mas de forma conservadora. "Mas vamos continuar operando no azul", disse o executivo.

Para diversificar as fontes de receita, o Banco Votorantim está ampliando a oferta de produtos como seguros e planos de previdência, em parceria com BB e Mapfre.

Como projetos-piloto, a instituição está trabalhando em algumas linhas, entre elas o crédito consignado para o setor privado e o chamado "home equity", financiamento que tem o imóvel como garantia.

"Estamos azeitando o banco para estar forte e explorar os melhores mercados quando o país sair da crise", afirmou Teixeira.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.