Investing.com - Após o anúncio do mês passado de que os bancos e os poupadores teriam chegado a um consenso sobre as perdas com planos econômicos, a Broadcast informa nesta terça-feira (12) que o acordo entre as partes foi formalizado na noite de ontem. A Advocacia Geral da União (AGU) foi a responsável ela intermediação do caso.
O próximo passo é a homologação deste acordo pelo Supremo Tribunal Federal. A estimativa é que os valores acordados superam a casa dos R$ 10 bilhões, que começariam a ser pagos após a homologação.
A Broadcast informa que dois fatores estavam atrapalhando o acordo: o pagamento de honorários advocatícios e a constitucionalidade dos planos. As partes definiram que os advogados envolvidos nas ações que tramitam na Justiça receberão 10% de sucumbência.
A estimativa é que mais de um milhão de ações tramitava nas instâncias da Justiça. O acordo pode encerrar todos esses processos.
Os dois principais bancos públicos do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil (SA:BBAS3), possuem R$ 6 bilhões provisionados para restituir aos clientes perdas em cadernetas de poupança decorrentes dos planos econômicos implementados nas décadas de 1980 e início de 1990.
O formulário de referência, documento que reserva as informações financeiras apresentadas pelo Banco do Brasil, a instituição separou R$ 4,532 bilhões para fazer frente às perdas prováveis. Já a Caixa, revelou na demonstração contábil o provisionamento de R$ 1,533 bilhão para assumir o “risco provável”.
As duas instituições detêm os maiores passivos cobrados por meio de ações judiciais cíveis. Os autores das ações exigem a reposição do que deixaram de receber a título de correção monetária à época dos planos Bresser (1998), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991) - todos editados pelo Poder Executivo e aprovados pelo Congresso Nacional.
Na sessão de ontem, os ativos do Bradesco (SA:BBDC4) ficaram estáveis a R$ 32,96, enquanto os papéis do Itaú (SA:ITUB4) somaram 0,48% a R$ 10,57 e os do Santander (SA:SANB11) avançaram