(Reuters) - O Bank of America, segundo maior banco dos Estados Unidos, divulgou alta de 44 por cento no lucro do primeiro trimestre, conforme taxas de juro mais altas ampliaram os ganhos com empréstimos e o aumento das operações em mercado (trading) elevou a receita.
O lucro líquido atribuível aos acionistas subiu para 4,35 bilhões de dólares nos três meses encerrados em 31 de março, ante 3,02 bilhões de dólares no mesmo período de 2016. O lucro por ação aumentou para 0,41 dólar ante 0,28 dólar.
Analistas previam, em média, lucro de 0,35 dólar por ação, conforme a Thomson Reuters I/B/E/S. Não estava imediatamente claro se os números eram comparáveis.
A receita total do Bank of America, desconsiderando despesas com juros, cresceu 7 por cento no primeiro trimestre, para 22,25 bilhões de dólares.
"Nós vimos boa atividade de clientes em nosso portfólio equilibrado de negócios... A economia norte-americana continua mostrando otimismo do consumidor e empresariado, e nossos resultados refletem isso", disse o presidente da instituição, Brian Moynihan, em comunicado.
As ações do banco com sede em Charlotte, na Carolina do Norte, subiam cerca de 1 por cento no pregão eletrônico, a 23,05 dólares.
Grandes bancos dos Estados Unidos foram revitalizados pela crescente atividade de mercado desde que Donald Trump assumiu a Presidência dos EUA. As instituições também foram beneficiadas pelo aumento das taxas de juro do país, que o Federal Reserve sinalizou que serão novamente elevadas neste ano.
O juro norte-americano subiu 0,25 ponto percentual em dezembro e em igual proporção em março, marcando a segunda e terceira elevação em sete anos, após permaneceram perto de zero.
O Bank of America depende fortemente de taxas de juro mais altas para maximizar os lucros. O banco obteve lucro líquido de 11,06 bilhões de dólares com os juros no trimestre, uma alta de 5,5 por cento na comparação annual.
Na semana passada, JPMorgan Chase e Citigroup também reportaram lucro melhor que o esperado no período devido ao aumento das operações de mercado.
(Por Nikhil Subba, em Bangalore, e Dan Freed, em Nova York)