Os principais índices acionários dos EUA fecharam em alta o pregão de segunda-feira, 24, com o S&P 500 subindo 0,40%, o Dow Jones avançando 0,52% e o Nasdaq se valorizando 0,19%. No entanto, analistas do Barclays (LON:BARC) enviaram uma nota aos investidores ontem, afirmando que veem duas fontes capazes de fazer os mercados caírem daqui para frente.
A primeira é a piora da alavancagem operacional negativa, devido à desinflação mais rápida. Os estrategistas do banco disseram aos investidores que a desinflação está "finalmente ganhando força".
Trata-se de um comportamento "esperado há muito tempo pelo Fed", escreveram, mas "talvez seja um vento contrário relevante para as empresas que tiveram lucros excedentes durante grande parte do período pós-pandêmica".
"As pressões sobre as margens afetaram o S&P 500 por três trimestres consecutivos, e acreditamos que ainda há mais espaço para piorar, uma vez que a inflação salarial continua aderente e o aumento dos estoques de alto custo encontra uma demanda mais lenta (ainda que não recessiva)", acrescentaram.
A segunda possível fonte de baixa é a exposição à China, já que o Barclays considera que uma desaceleração no crescimento do país não deve ser subestimada para empresas com grande exposição de receita à Ásia. No entanto, o índice de exposição empresarial à China ampliou a diferença de desempenho no acumulado do trimestre em relação ao MSCI China.
"Preferimos manter a cautela em relação a empresas excessivamente dependentes de aumentos de preços nos últimos trimestres, bem como àquelas com exposição relevante à China e que estão sendo negociadas com valuations elevados", continuaram.
Eles afirmaram que houve uma recente desaceleração no crescimento do PIB da China, e os economistas do banco acreditam que a tendência de queda nos dados de maio e junho no país sugere que está "ficando cada vez mais desafiador para Pequim atingir as metas de crescimento sem medidas maiores de estímulo político".