SÃO PAULO (Reuters) - A BB Seguridade (SA:BBSE3), braço de seguros e previdência do Banco do Brasil (SA:BBAS3), teve lucro líquido de 882,7 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de cerca de 13% sobre o resultado obtido um ano antes, impactado pela epidemia de Covid-19.
A companhia afirmou no balanço divulgado nesta segunda-feira que o faturamento com seguros de vida, previdência e capitalização apresentou rápida desaceleração a partir da segunda metade de março, impactando as receitas de corretagem da BB Corretora, em meio às medidas de quarentena adotadas por governos municipais e estaduais.
"No caso da previdência, notou-se ainda um aumento significativo nos pedidos de resgates, com os clientes buscando alocar seus recursos em instrumentos com maior liquidez e menor volatilidade no curto prazo", afirmou a empresa no balanço.
A companhia comentou ainda que a queda no lucro líquido ocorreu também por "descasamento temporal na atualização de ativos e passivos" da unidade Brasilprev, além de venda de participação na resseguradora IRB Brasil (SA:IRBR3), cujos resultados tinham contribuído para os números da BB Seguridade no primeiro trimestre de 2019.
O índice de sinistralidade da unidade Brasilseg no primeiro trimestre foi de 29,7% ante 37,2% nos três primeiros meses do ano passado e 23,8% no quarto trimestre de 2019, enquanto o ROAA ajustado passou de 8,8% no primeiro trimestre do ano passado para 8,9% nos três meses findos em março de 2020.
Mas na Brasilprev, o ROAA passou de 9,4% para 3,9%, enquanto na Brasilcap o índice saiu de 1,2% para 1,5%.
O balanço também apontou que as despesas gerais e administrativas da BB Seguridade mais que dobraram no primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, para 6,15 milhões de reais.
Já o resultado de investimentos em participações societárias caiu 13,4% na mesma comparação, para 868,2 milhões de reais.