Frankfurt (Alemanha), 5 set (EFE).- O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta quinta-feira as taxas de juros na zona do euro no mínimo histórico do 0,5%, depois que os últimos números econômicos indicaram o fim da recessão.
A instituição europeia informou em Frankfurt que também deixou inalterada a facilidade marginal de crédito, pela qual empresta dinheiro aos bancos durante um dia, em 1%, e a facilidade de depósito, que remunera depósitos overnight em bancos centrais nacionais, em 0%.
O presidente da instituição, Mario Draghi, disse em entrevista coletiva que as "taxas de juros seguirão no nível atual ou mais baixo durante um período de tempo prolongado".
Draghi afirmou ainda que o BCE revisou em alta as previsões de crescimento para a zona do euro em 2013 e prevê uma contração da economia de 0,4%, dois décimos a menos do que o previsto em junho.
Para 2014, a previsão é que a zona do euro cresça 1%, um décimo a menos do que o previsto em junho (1,1%).
A revisão do crescimento para 2013 reflete principalmente a alta do crescimento do segundo trimestre de 2011 após três trimestres de queda.
A economia da zona do euro cresceu neste período 0,3% em relação ao trimestre anterior pelo impulso da Alemanha e devido à estabilização da Itália e Espanha.
O BCE espera que em 2013 a atividade econômica se apoie nas exportações e na política monetária expansiva do banco.
Além disso, o organismo previu que a inflação da zona do euro será de 1,5% em 2013, contra o 1,4% previsto em junho.
Na entrevista coletiva, Draghi afirmou ainda que o conselho do BCE discutiu uma redução dos juros pois alguns membros ainda consideram que a recuperação econômica ainda está "muito verde".
Em 2014, a inflação ficará em 1,3%, mesmo valor indicado em junho.
O Banco da Inglaterra também manteve as taxas de juros no mínimo histórico de 0,5% e deixou inalterada a capacidade de seu programa de estímulo econômico. EFE
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