Investing.com – O dólar norte-americano continuou perto de altas de mais de quatro anos em relação às principais moedas mundiais hoje, após dados terem mostrado que a atividade do setor de serviços nos EUA cresceu em um ritmo mais rápido do que o esperado em novembro.
Em um relatório, o Instituto de Gestão de Abastecimento (ISM) informou que seu índice gerentes de compras (PMI) não manufatura subiu para 59,3 no mês passado, de uma leitura de 57,1 em outubro. Os analistas esperavam que o índice melhorasse para 57,5 em novembro.
Os dados foram divulgados após a ADP, empresa de processamento de folhas de pagamento, ter informado ontem que o setor privado dos EUA gerou 208.000 postos de empregos no mês passado, ficando aquém das expectativas de um crescimento de 223.000 e abaixo dos 233.000 de outubro.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, subiu 0,26%, para 88,93, uma alta de mais de quatro anos.
O iene atingiu novas baixas de sete anos em relação ao dólar norte-americano hoje, uma vez que perspectivas políticas diferentes entre o Banco Central dos EUA e o Banco do Japão continuaram pesando.
USD/JPY atingiu uma alta da sessão de 119,77, o nível mais alto desde 2007 de julho, antes de ficar em 119,68, em alta de 0,36% no dia.
O iene enfraqueceu bastante desde que o Banco do Japão expandiu inesperadamente seu programa de estímulo, no final de outubro. O Banco Central dos EUA (Fed) encerrou seu programa de compra de ativos em outubro e está ponderando se a economia está forte o suficiente ou não para começar a elevar as taxas de juros no mês que vem.
EUR/USD atingiu 1,2302, uma baixa de mais de dois anos, e ficou em queda de 0,51%, a 1,2320, após pesquisas de atividade no ambiente de negócios em toda a zona do euro terem indicado que a região registrará um crescimento econômico pequeno no quarto trimestre.
O PMI composto da zona do euro, que compreende os setores industrial e de serviços em todo o bloco, caiu 51,1 no mês passado de uma leitura de 52,1 em outubro.
Os dados da semana somaram-se à pressão de que o Banco Central Europeu (BCE) aumentará as medidas para impulsionar a economia e combater os níveis persistentemente baixos de inflação na região antes da reunião de política monetária, que está programada para quinta-feira.
A libra subiu, com GBP/USD avançando 0,46%, para 1,5709, após dados terem mostrado que a produção do setor de serviços britânico subiu em novembro num ritmo mais rápido do que o esperado, reduzindo as preocupações de que a recuperação econômica está recuando.
O PMI de serviços do Reino Unido subiu para 58,6 no mês passado, dos 56,2 atingidos em outubro. Os economistas esperavam que o índice subisse para 56,6.
O dólar norte-americano subiu em relação ao franco suíço, com USD/CHF avançando 0,46%, para 0,9766.
O dólar australiano continuou perto de baixas de quatro anos, com AUD/USD caindo 0,31%, para 0,8423, após dados terem mostrado que a economia do país cresceu 0,3% no terceiro trimestre, menos do que o aumento esperado de 0,7%, e expandiu por um 2,7% menor do que o esperado em relação ao ano passado.
Em outros lugares, NZD/USD caiu 0,32%, para 0,7781, e USD/CAD retraiu 0,43%, para 1,1357, após o Banco do Canadá ter mantido sua taxa básica de juros inalterada em 1%, dizendo que via sinais de melhor recuperação.