SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de café verde do Brasil em agosto somou 2,89 milhões de sacas de 60 kg, queda de 8,5% na comparação com mesmo mês do ano passado, quando o Brasil colheu uma safra recorde, apontou nesta terça-feira.
A exportação também caiu 4,6% na comparação com julho, segundo dados do Cecafé.
Os embarques de café arábica no mês passado atingiram 2,43 milhões de sacas, queda de 7,3% na comparação com mesmo mês de 2018, enquanto os de grãos robustas somaram 461,7 mil sacas, redução de 14,4% na mesma comparação.
Considerando o café industrializado (solúvel e torrado & moído), a exportação brasileira atingiu 3,2 milhões de sacas em agosto, decréscimo de 9,5% na comparação anual.
A receita cambial gerada pelas exportações no mês passado, que chegou a 398,4 milhões de dólares, também apresentou queda, de 19,2%, com o preço médio da saca caindo 10,8%, para 124,2 dólares.
Contudo, o total de café exportado no ano civil (janeiro a agosto de 2019) permanece sendo o maior dos últimos cinco anos para o período, com o embarque de 27 milhões de sacas, disse o Cecafé. O volume representa um crescimento de 30,8% em relação a mesma base comparativa do ano passado e a receita cambial, neste caso, também apresentou crescimento, de 7,3%, atingindo 3,4 bilhões de dólares.
"Importante destacar que os cinco principais países compradores (Estados Unidos, Alemanha, Itália, Japão e Bélgica) apresentaram um aumento de 30% de volume importado no acumulado de janeiro a agosto, em relação ao mesmo período no ano passado",disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
"Isso significa que o café brasileiro vem ampliando seu espaço no exterior, recuperando o mercado e reforçando seu reconhecimento como café de alta qualidade e de produção totalmente focada na sustentabilidade", acrescentou.
Nos últimos 12 meses, o Brasil exportou 42 milhões de sacas sinalizando recorde histórico de exportações de café para este ano, segundo o Cecafé.
(Por Roberto Samora)