SÃO PAULO (Reuters) - A Biomm (BVMF:BIOM3) anunciou nesta quarta-feira que assinou acordo para comercializar e distribuir o medicamento semaglutida no Brasil, para tratamento de diabetes, mas que tem sido amplamente utilizado por pessoas interessadas em reduzir o peso.
O anúncio envolvendo o medicamento similar do Ozempic, da europeia Novo Nordisk (CSE:NOVOb), fazia as ações da Biomm saltarem mais de 30%, embora com baixo volume nesta tarde.
O acordo, exclusivo, foi acertado com a indiana Biocon. A Biomm afirmou que, no ano passado, as vendas de semaglutida no Brasil somaram 3,1 bilhões de reais, com uma taxa de crescimento médio de quase 40% entre 2021 e 2023.
Às 15h11, as ações da Biomm mostravam alta de 36,8%, cotadas a 15,20 reais, depois de chegarem a avançar perto de 40% mais cedo. O volume de negócios, porém, era baixo, com 740 operações no horário.
Pelo acordo, a Biocon será responsável pelo desenvolvimento, fabricação e fornecimento da semaglutida à Biomm para o mercado brasileiro.
Mas a companhia afirmou que a comercialização e distribuição no Brasil dependem de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A Biomm afirmou ainda que a venda do medicamento também depende de publicação do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), bem como a expiração da patente, o que deve ocorrer em meados de 2026.
Procurada, a Anvisa não pode comentar o assunto de imediato.
A Biomm deve inaugurar uma fábrica de insulina glargina, a primeira de uma companhia brasileira, em Nova Lima (MG), no próximo dia 26. O evento deve contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, afirmou a empresa.