Zagreb, 15 abr (EFE).- A apuração dos votos das primeiras eleições do Parlamento Europeu realizadas no último domingo na Croácia confirmou a vitória do bloco conservador por uma estreita margem sobre a coalizão de centro-esquerda.
A plataforma liderada pela União Democrática Croata (HDZ) conseguiu 32,86% dos votos, enquanto a coalizão do Partido Social-Democrata (SDP) obteve 32,07%, informou nesta segunda-feira a Comissão Eleitoral Estatal.
Apesar de apenas 20,84% dos eleitores inscritos terem participado, o HDZ comemorou hoje sua vitória e a interpretou como um sinal de que em breve voltará ao poder.
Os analistas croatas consideram que a baixa participação aconteceu sobretudo devido à depressão geral pela crise econômica com a qual o país balcânico sofre há anos.
Outro fator que pode ter desmotivado o eleitorado é que o mandato dos eurodeputados croatas escolhidos ontem durará apenas até 2014, quando serão realizadas em toda a União Europeia (UE), incluindo a Croácia, eleições para renovar o Parlamento Europeu.
Mesmo assim, "o HDZ continua a se preparar para as eleições locais (que vão acontecer no dia 19 de maio)", afirmou o líder do partido, Tomislav Karamarko.
Segundo os resultados definitivos, a plataforma conservadora terá seis deputados no Parlamento Europeu, o grupo de centro-esquerda cinco e o partido liberal, o HL, um.
As pesquisas prévias às eleições indicavam uma vitória do SDP e falavam de uma constante queda de popularidade da HDZ, cujo ex-líder e ex-primeiro-ministro Ivo Sanader é acusado por corrupção.
Um dos seis "eurodeputados" da coalizão conservadora será a representante do partido ultranacionalista HSP AS, Ruza Tomasic, conhecida por suas posturas extremistas e sua rejeição à UE.
O primeiro-ministro e líder do SDP, Zoran Milanovic, criticou dias atrás energicamente Tomasic por dizer que "a Croácia é dos croatas, e os demais são hóspedes".
Segundo Tomasic, as críticas de Milanovic aumentaram sua popularidade e lhe deram mais votos preferenciais para que pudesse conseguir uma cadeira na Eurocâmara. EFE