Por David Shepardson e Allison Lampert
WASHINGTON (Reuters) - A Boeing (NYSE:BA) anunciou na quarta-feira que começou a emitir avisos de demissão para trabalhadores afetados pelo plano da fabricante de aviões para cortar 17 mil empregos ou 10% de sua força de trabalho global.
Os funcionários dos Estados Unidos que receberem os avisos esta semana permanecerão na folha de pagamento da Boeing até janeiro para cumprir exigências de aviso prévio de 60 dias antes do término do contrato de trabalho.
"Conforme anunciado anteriormente, estamos ajustando nossos níveis de força de trabalho para nos alinharmos com nossa realidade financeira e um conjunto de prioridades mais focado", disse a Boeing em comunicado. "Estamos comprometidos em garantir que nossos funcionários tenham apoio durante esse período desafiador."
Os avisos chegam no momento em que a Boeing, sob o comando do novo presidente-executivo, Kelly Ortberg, está tentando retomar a produção do 737 MAX, o avião mais vendido da empresa, depois que uma greve de semanas na costa oeste dos EUA interrompeu a produção da maioria dos jatos comerciais da companhia.
O MAX é um importante gerador de receita para a Boeing, que levantou mais de 24 bilhões de dólares no final de outubro para reforçar suas finanças e proteger sua recomendação de grau de investimento.
Mas as demissões em massa, combinadas com cortes de gastos e viagens, pesam sobre o moral dos funcionários da companhia, disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com o assunto. Na quarta-feira, muitos funcionários ainda estavam aguardando um telefonema ou uma reunião pelo Zoom com um chefe para saber se perderiam seus empregos, disseram as fontes.