Por David Shepardson
(Reuters) - Os trabalhadores em greve da Boeing (NYSE:BA) votarão na quarta-feira uma nova proposta que inclui aumento salarial de 35% ao longo de quatro anos, o que pode pôr fim a uma greve que já dura cinco semanas, informaram a empresa e o sindicato neste sábado.
Cerca de 33.000 dos trabalhadores sindicalizados da Boeing na Costa Oeste dos Estados Unidos, a maioria no Estado de Washington, estão em greve desde 13 de setembro. A paralisação do trabalho interrompeu a produção do 737 MAX, o avião mais vendido da fabricante.
A oferta mais recente inclui um bônus de 7.000 dólares, plano de incentivo e maiores contribuições para os planos de aposentadoria dos trabalhadores, incluindo uma contribuição única de 5.000 dólares mais até 12% em contribuições do empregador, informou a International Association of Machinists and Aerospace Workers Local 751.
A Boeing disse neste sábado que espera "que nossos funcionários votem a proposta negociada". Ainda assim, não há garantia de que os trabalhadores aprovarão a proposta depois que eles rejeitaram esmagadoramente uma proposta inicial. "O futuro deste contrato está em suas mãos", disse o sindicato aos trabalhadores no sábado.
A Boeing retirou em 8 de outubro uma oferta que incluía um aumento salarial de 30% em quatro anos depois que as negociações, que também contaram com a presença de mediadores federais, fracassaram. O sindicato busca um aumento de 40% e a restauração da aposentadoria definida.
(Reportagem adicional de Mrinmay Dey)