As bolsas europeias fecharam sem direção única nesta quinta-feira, após a divulgação de balanços positivos da região e em meio a preocupações com a guerra entre Rússia e Ucrânia e seus impactos na economia. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,32%, a 461,58 pontos.
Balanços melhores do que o esperado deram alguma sustentação aos negócios nesta quinta-feira. Destacaram-se a multinacional de alimentos Nestlé, cuja ação subiu 0,72% em Zurique, a fabricante de tintas holandesa Akzo Nobel (+6,61%, em Amsterdã) e a fornecedora italiana de serviços petrolíferos Saipem (+11,8%, em Milão).
Por outro lado, a ação da Anglo American (LON:AAL) sofreu um tombo de 8,83% em Londres, após a mineradora revisar suas projeções de custos para cima e as de produção para baixo.
Os efeitos da guerra russo-ucraniana também ficaram em evidência. Na zona do euro, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) atingiu recorde de 7,4% em março, impulsionada pelos efeitos do conflito no Leste Europeu. A forte alta dos preços intensifica a pressão para que o Banco Central Europeu (BCE) aperte sua política monetária de forma mais agressiva.
Em entrevista à Bloomberg, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, admitiu a possibilidade de um aumento de juros em julho, a depender de dados econômicos futuros.
Nos EUA, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) vem dando claros sinais de que pretende acelerar a retirada de estímulos monetários nos próximos meses para combater a alta da inflação.
O índice acionário inglês FTSE 100 encerrou o pregão desta quinta em Londres praticamente estável, com baixa marginal de 0,02%, a 7.627,95 pontos.
Já o alemão DAX subiu 0,98% em Frankfurt, a 14.502,41 pontos, o francês CAC 40 avançou 1,36% em Paris, a 6.175,10 pontos, e o espanhol IBEX 35 se valorizou 0,51% em Madri, a 8.814,60 pontos.
Em Milão, o italiano FTSE MIB reverteu ganhos de mais cedo e terminou o dia com perda de 0,27%, a 24.805,62 pontos, enquanto o português PSI 20 caiu 1,11% em Lisboa, a 6.055,83 pontos.