Investing.com - As bolsas europeias ampliaram suas perdas nesta quinta-feira, uma vez que os investidores voltaram a atenção para uma reunião de líderes da União Europeia, no final do dia, ao passo que as ações globais permaneceram sob pressão após o Banco Central dos EUA (Fed) ter indicado que a taxa pode subir já no ano que vem.
Durante as negociações europeias da tarde, o EURO STOXX 50 retraiu 0,72%, o CAC 40 da França recuou 0,73%, ao passo que o DAX 30 da Alemanha caiu 0,63%.
Os líderes da União Europeia realizarão o primeiro dia de uma reunião econômica em Bruxelas, esperando-se que a Ucrânia seja um dos principais tópicos de discussão.
Na conclusão da reunião de definição de política de dois dias na quarta-feira, o Banco Central dos EUA (Fed) disse que reduzirá seu programa mensal de compra de títulos em mais US$ 10 bilhões, para um total de US$ 55 bilhões.
A presidente do Fed, Janet Yellen, indicou que o banco central pode começar a elevar a taxa de juros cerca de seis meses após o programa de compra de títulos acabar, o que está previsto para o próximo semestre.
A declaração do Fed também enfatizou que as condições econômicas podem significar que a taxa permanecerá inalterada em baixas históricas durante algum tempo, mesmo depois de a inflação e o emprego retornarem às suas tendências no longo prazo.
O banco central também atualizou sua projeção, descartando o limite de taxa de desemprego de 6,5% para considerar quando aumentar os custos dos empréstimos e o banco também disse que avaliará um amplo leque de informações.
O setor financeiro apresentou baixa, com as ações dos bancos franceses BNP Paribas e Société Générale despencando 1,09% e 1,06%, ao passo que as do alemão Deutsche Bank declinaram 1,50%.
No começo do dia, o Credit Agricole disse que tem como objetivo pelo menos € 4 bilhões de lucro líquido anual em 2016, superando as estimativas dos analistas.
Entre outros bancos, na Iália, o Intesa Sanpaolo caiu 0,40% e o Unicredit ganhou 0,42%, ao passo que os espanhóis Banco Santander e BBVA despencaram 1,17% e 2,18%.
O ING Group reduziu os ganhos anteriores, recuando 0,35% após a empresa holandesa de serviços financeiros ter levantado US$ 1,18 bilhão com a venda de ações em sua unidade de seguros norte-americana uma vez que a matriz encerrou sua participação majoritária.
Em Londres, o FTSE 100 retraiu 1,02%, afetado pelas perdas em GlaxoSmithKline, caindo 2,15%, uma vez que o tratamento de câncer experimental MAGE-A3 da empresa não conseguiu beneficiar pacientes com câncer de pulmão em um ensaio clínico em estágio final.
As ações do setor financeiro britânico permaneceram mistas. As ações do Lloyds Banking perderam 1,23% e as do Barclays despencaram 2,16%, ao passo que as do HSBC Holdings subiram 0,07% e as do Royal Bank of Scotland subiram 0,27%.
As ações da Rio Tinto e BHP Billiton caíram 1,15% e 0,67% respectivamente, ao passo que as da Glencore Xstrata e Polymetal declinaram 0,68% e 0,98%.
Nos EUA, os mercados acionários apontaram abertura em baixa. Os futuros do Dow Jones Industrial Average apontaram queda de 0,32%, os do S&P 500 sinalizaram declínio de 0,34%, ao passo que os do Nasdaq 100 indicaram perda de 0,36%.
No final do dia, os EUA devem publicar um relatório semanal sobre os pedidos novos de seguro desemprego, assim como dados sobre as vendas de imóveis residenciais usados e sobre a atividade manufatureira na região da Filadélfia.