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Bovespa sobe 1,6% e volta a patamar de 67 mil pontos com Previdência e noticiário corporativo

Publicado 10.05.2017, 17:47
Atualizado 10.05.2017, 17:50
© Reuters.  Bovespa sobe 1,6% e volta a patamar de 67 mil pontos com Previdência e noticiário corporativo
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Por Flavia Bohone

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta quarta-feira, no maior patamar em mais de dois meses, com o mercado otimista após conclusão da votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados e tendo como pano de fundo noticiário corporativo movimentado.

O Ibovespa subiu 1,62 por cento, a 67.349 pontos, o maior patamar de fechamento desde 23 de fevereiro. O giro financeiro somou 8,6 bilhões de reais.

A comissão especial da Câmara concluiu a votação da reforma da Previdência na véspera, rejeitando a maioria dos destaques. A matéria segue agora para apreciação no plenário, onde terá de ser aprovada em dois turnos de votação por três quintos dos deputados.

A desaceleração da inflação oficial do país também ajudou a sustentar o bom humor ao longo da sessão. Nos 12 meses até abril, a inflação foi de 4,08 por cento, ante 4,57 por cento no mês anterior, com os números corroborando a manutenção dos cortes da taxa básica de juros e levando alguns agentes de mercado a considerar, inclusive, uma aceleração no ritmo de reduções.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN subiu 4,17 por cento e PETROBRAS ON ganhou 3,16 por cento. Além da alta do petróleo no mercado internacional, o desempenho dos papéis foi favorecido pela aprovação da empresa de novos desinvestimentos, incluindo, entre outros, a alienação da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e da participação da companhia na Petrobras (SA:PETR4) Oil & Gas B.V., que detém ativos na África. [O/R]

- TELEFÔNICA BRASIL PN avançou 2,14 por cento, após a empresa divulgar crescimento de 13 por cento no lucro líquido recorrente do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, a 996 milhões de reais. Os analistas do Credit Suisse afirmaram que os resultados do período foram sólidos.

- MARFRIG (SA:MRFG3) ON avançou 5,33 por cento, enquanto JBS (SA:JBSS3) ON subiu 3,62 por cento e BRF (SA:BRFS3) ON ganhou 3,52 por cento. Relatório do BTG Pactual (SA:BBTG11) com visão mais otimista para a BRF, após a empresa fazer reformas estruturais e em meio ao recuo dos custos com grãos, ajudou o desempenho do setor de carnes como um todo.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,49 por cento, em sessão positiva para o setor bancário no Ibovespa. No radar estava a confirmação pelo banco de que negocia a aquisição de participação minoritária na XP Investimentos que, separadamente, informou que pediu registro para abrir capital e realizar uma oferta inicial de recibos de ações.

- EQUATORIAL ENERGIA ON caiu 4,13 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, após queda de 64,4 por cento no lucro líquido atribuível aos controladores no primeiro trimestre, para 49,5 milhões de reais. Segundo analistas da corretora Brasil Plural (SA:BPFF11), os números do período foram fracos, tendo como os principais destaques negativos o baixo desempenho em termos de consumo de energia das distribuidoras da empresa no Maranhão e no Pará, Cemar e Celpa.

- GOL PN, que não faz parte do Ibovespa, caiu 5,6 por cento, em meio à repercussão do resultado da companhia aérea no primeiro trimestre que mostrou queda no lucro líquido e no caixa, mas redução no endividamento e com analistas também questionando mudança no cálculo do endividamento pela empresa.

- GAFISA (SA:GFSA3) ON, que também não integra o índice, perdeu 5,95 por cento após divulgar prejuízo líquido ajustado de 157 milhões de reais no trimestre, alta de 195 por cento em relação ao mesmo período de 2016.

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