Por Flavia Bohone
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista manteve o bom humor nesta terça-feira, com seu principal índice alcançando a maior pontuação desde abril de 2012, em meio ao cenário internacional mais positivo e com as ações da Petrobras (SA:PETR4) entre os destaques de alta, após avanços no processo de desinvestimentos da estatal.
O Ibovespa fechou em alta de 1,73 por cento, a 63.782 por cento, maior patamar desde 3 de abril de 2012 (64.284 pontos). O volume financeiro foi de 9,9 bilhões de reais, acima da média diária para o mês até a véspera, de 9,3 bilhões de reais.
Wall Street fechou em alta, impulsionado por resultados corporativos melhores que o esperado, com o S&P 500 subindo 0,62 por cento. O otimismo no exterior somou-se ao bom humor que tem dado o tom na bolsa paulista nas últimas semanas, em meio às perspectivas positivas com a cena política.
Localmente, o mercado segue à espera da decisão do Banco Central sobre a taxa básica de juros, na quarta-feira, com apostas amplas no corte da Selic neste encontro.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN subiu 3,08 por cento, enquanto PETROBRAS ON avançou 2,06 por cento. Os papéis preferenciais fecharam acima de 17 reais pela primeira vez em dois anos, e acumulam no mês alta de 28 por cento e no ano de 160 por cento. Na mais recente ação de desinvestimento, o conselho de administração da estatal aprovou a venda da Nansei Seikyu (NSS) para a Taiyo Oil Company. A sessão também foi marcada pela alta nos preços do petróleo. [O/R]
- VALE PNA subiu 2,6 por cento e VALE ON ganhou 2,91 por cento, em sessão de nova alta do preço do minério de ferro para entrega imediata no porto de Tianjin, na China.
- KROTON (SA:KROT3) avançou 4,28 por cento e ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES ganhou 4,42 por cento. Os papéis das empresas de educação ampliaram os ganhos após o Congresso Nacional aprovar nesta tarde 702,5 milhões de reais para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
- MRV (SA:MRVE3) subiu 2,69 por cento, após ter recuado 1,8 por cento na mínima da sessão. No radar estava a divulgação de dados do terceiro trimestre, mostrando alta de 4,4 por cento nas vendas da construtura, enquanto os lançamentos caíram 21,5 por cento.
- VIA VAREJO, que não faz parte do Ibovespa, caiu 4,39 por cento, depois que a família Klein negou a notícia da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, de que o grupo alemão Steinhoff estaria negociando a compra da participação da família na empresa brasileira. Mais cedo, a unit chegou a subir 9,6 por cento.