SÃO PAULO (Reuters) - O Bradesco vê espaço escasso para mais aumentos em taxas de empréstimos, mesmo com a expectativa do Banco Central de aumentar custos de empréstimos no país nos próximos trimestres, disseram executivos da instituição financeira nesta sexta-feira.
Executivos disseram em teleconferência para discutir os resultados do terceiro trimestre que esperam que os spreads brutos tenham tendência de queda no próximo ano, à medida em que o segundo maior banco privado do Brasil caminha para um plano de emprestar mais em segmentos de mercado de crédito de risco e de rendimento menores.
Apesar dos custos de empréstimos maiores, o Bradesco espera melhorar a estrutura de seus custos de financiamento nos próximos trimestres, disseram os executivos.
Na quarta-feira, o BC aumentou a taxa básica de juro Selic em 0,25 ponto percentual, para 11,25 por cento ao ano, surpreendendo o mercado. A expectativa é que esse seja o começo de um novo ciclo de aperto monetário para combater a inflação.
(Por Guillermo Parra Bernal)