📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Brasil está saindo do mapa mundial do petróleo por políticas falhas, diz IBP

Publicado 15.09.2014, 21:07
Brasil está saindo do mapa mundial do petróleo por políticas falhas, diz IBP

Por Jeb Blount

SÃO PAULO (Reuters) - Investidores estão perdendo o interesse na indústria de petróleo do Brasil devido a políticas de energia que elevam os custos, reduzem a eficiência e aumentam riscos, afirmou nesta segunda-feira o secretário-executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Milton Costa Filho.

Sem mudanças, o Brasil provavelmente vai perder espaço para países como México, Irã, Iraque e Argélia, onde as políticas são cada vez mais abertas ao investimento do setor privado, na avaliação do IBP.

"Fui a três de algumas das principais conferências de petróleo do mundo e nem sequer uma menção ao Brasil", afirmou Costa Filho a repórteres em um evento da indústria no Rio de Janeiro.

Segundo ele, esse não era o cenário há poucos anos. "Mas os investidores têm outras opções agora", afirmou. "O Brasil está saindo do mapa mundial de petróleo."

Dentre as opções que concorrem com o Brasil, estão o aumento da produção do petróleo não convencional nos Estados Unidos e as perspectivas de petróleo do Ártico na Rússia e Noruega, acrescentou.

Os comentários de Costa Filho foram apresentados juntamente com a Agenda de Prioridades 2014-2015 do instituto.

A agenda pede que o governo brasileiro revise políticas que fortalecem o controle estatal da indústria no país, políticas essas que o IBP acredita que estão prejudicando um setor responsável por 12 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, a sétima maior economia do mundo.

Desde que essas políticas foram adotadas, a partir de 2008, na esteira de descobertas gigantes de petróleo do pré-sal, a produção brasileira de óleo e gás estagnou, apesar de mais de 200 bilhões de dólares de investimentos.

O presidente do IBP, João Carlos de Luca, pediu que o governo permita que a Petrobras venda gasolina e diesel no Brasil pelos mesmos preços praticados no mercado internacional, para estancar perdas da estatal com a importação de combustíveis que chegam a 80 bilhões de reais nos últimos anos.

O IBP também pediu que o Brasil volte a realizar leilões de blocos exploratórios de petróleo de forma regular. Os leilões já aconteceram com periodicidade anual, mas desde 2008 houve apenas três novos leilões.

A ausência de leilões anuais, segundo o IBP, tornou mais difícil para as empresas planejarem suas atividades no Brasil. Nesta segunda-feira, o governo brasileiro confirmou que vai realizar o seu quarto leilão desde 2008 no primeiro semestre de 2015.

O secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, afirmou que as críticas do IBP exageram os problemas do setor e que a produção crescente nos próximos anos irá acabar com as preocupações do instituto.

O IBP também pediu ao governo para acabar com o direito da Petrobras de gerenciar e operar toda a exploração e produção de novos recursos do polígono do pré-sal. A Petrobras já produz cerca de 80 por cento do petróleo e gás do Brasil.

"Com a Petrobras tendo que investir na exploração, não deixa dinheiro para o desenvolvimento", disse Maurício Figueiredo, diretor do IBP.

"A empresa precisa investir em desenvolvimento para que possa produzir petróleo, gerar caixa e pagar pelo desenvolvimento futuro."

Figueiredo também disse que mudanças na política de conteúdo local mínimo poderiam reduzir custos, contribuindo para que o mercado crescente, mas caro, do Brasil se torne mais competitivo. "A indústria do petróleo poderia contribuir muito mais para o Brasil", disse Figueiredo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.