SÃO PAULO (Reuters) - A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de 998,118 milhões de reais no terceiro trimestre, uma queda de 67% ante o mesmo intervalo de 2015. No acumulado de janeiro a setembro, o banco lucrou 3,446 bilhões de reais, 47 por cento menos que nos nove primeiros meses do ano passado.
O resultado operacional trimestral, que mede o desempenho recorrente do banco, foi de 810,973 milhões de reais, acima dos 22,447 milhões de reais observados entre julho e setembro de 2015. No acumulado de 2016, o resultado operacional cresceu 8,7 por cento, para 1,586 bilhão de reais.
Conforme o material de divulgação do balanço, Caixa atribui a melhora do desempenho operacional nos nove primeiros meses do ano ao "aumento do relacionamento com clientes, ao controle da qualidade da carteira de crédito e à racionalização das despesas administrativas".
A carteira de crédito ampla da Caixa ao término de setembro cresceu 5 por cento ante igual período de 2015, somando 699,6 bilhões de reais, puxada por operações nas áreas de habitação, saneamento, infraestrutura e crédito consignado. Com isso, a participação da Caixa no mercado aumentou 1,4 ponto percentual, para 22,2 por cento.
Em habitação, principal segmento de crédito da Caixa, a carteira atingiu 401,5 bilhões de reais no terceiro trimestre, uma alta de 6,7 por cento em 12 meses.
O saldo de captações aumentou 5,7 por cento na mesma base de comparação, para 954,4 bilhões de reais, o suficiente para cobrir 136,4 por cento da carteira.
O índice de inadimplência encerrou setembro em 3,48 por cento, abaixo da média de 3,73 por cento no mercado por conta de ações para aperfeiçoamento da gestão de risco e cobrança. Ainda assim, a taxa foi influenciada por grupo econômico específico do setor de óleo e gás e, excluindo esse efeito, teria sido de 3,26 por cento, mostrou o informe de resultados.
A Caixa informou ainda que despesas de provisão para devedores duvidosos (PDD) no terceiro trimestre caíram 16,6 por cento contra um ano atrás, a 5,1 bilhões de reais. No acumulado até setembro, somaram 15,2 bilhões, redução de 3,4 por cento ante os nove primeiros meses de 2015.
As despesas administrativas entre janeiro e setembro subiram 3,2 por cento ante igual intervalo do ano passado.
(Por Gabriela Mello)