📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Câmbio pressiona e prejuízo da Gol salta 7 vezes para R$673 mi no 1º tri

Publicado 12.05.2015, 21:45
Atualizado 12.05.2015, 21:53
© Reuters.  Câmbio pressiona e prejuízo da Gol salta 7 vezes para R$673 mi no 1º tri

Por Alberto Alerigi Jr. e Juliana Schincariol

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO, 12 Mai (Reuters) - A companhia aérea Gol teve prejuízo líquido de 672,7 milhões de reais no primeiro trimestre, sete vezes maior que o resultado negativo registrado no mesmo período do ano passado, por conta do impacto da desvalorização do real no resultado financeiro, em meio a receitas estáveis.

O resultado marcou o décimo terceiro prejuízo líquido trimestral consecutivo da segunda maior companhia aérea do Brasil. A última vez que a Gol teve lucro líquido trimestral ocorreu no quarto trimestre de 2011.

Analistas, em média, esperavam prejuízo líquido de 635,5 milhões de reais, de acordo com estimativas coletadas pela Reuters.

A desvalorização do real gerou uma despesa financeira sem efeito caixa imediato de 774,1 milhões de reais no trimestre, disse a empresa em comunicado. "Esta (é) a causa do prejuízo", justificou.

A depreciação do real, que segunda a empresa foi de 41,8 por cento entre março de 2014 e março de 2015, elevou o custo da dívida em moeda estrangeira e de contratos de leasing de aeronaves, dificultando os esforços do presidente-executivo, Paulo Kakinoff, para recuperar os resultados a companhia.

A empresa apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) de 468,9 milhões de reais, queda de 4,8 por cento sobre o primeiro trimestre de 2014 e de 2,7 por cento sobre os três últimos meses do ano passado.

A margem Ebitdar caiu de 19,8 por cento no primeiro trimestre de 2014 para 18,7 por cento nos três meses encerrados em março deste ano.

Apesar do resultado líquido negativo, a Gol apurou um resultado operacional (Ebit) positivo em 153,8 milhões de reais, 6,5 por cento acima do obtido um ano antes. Na comparação com o quarto trimestre, porém, houve queda de cerca de 10 por cento.

A receita líquida da Gol somou 2,5 bilhões de reais nos três meses encerrados em março, praticamente estável sobre os 2,49 bilhões de reais um ano antes.

Os custos e despesas operacionais se mantiveram controlados, com avanço de apenas 0,1 por cento no período, a 2,35 bilhões de reais e caindo 8,2 por cento sobre o final de 2014.

A empresa manteve suas projeções para 2015, de estabilidade na oferta de lugares no mercado doméstico e margem operacional (Ebit) de 2 a 5 por cento este ano, apesar dos 6,1 por cento apurados no primeiro trimestre.

DESAFIADOR

"Esta margem (do primeiro trimestre) está dentro do esperado. A margem no segundo trimestre será muito desafiada, haverá redução de margem, mas o guidance é para o ano", disse o vice-presidente-financeiro e de relações com investidores da Gol, Edmar Lopes, à Reuters.

Segundo ele, o câmbio médio no segundo trimestre deve ser maior do que nos primeiros três meses do ano, enquanto a demanda, em especial a corporativa, não deve se recuperar.

"A gente viu uma situação de deterioração (da demanda corporativa) no início do segundo trimestre em relação ao primeiro. Nos últimos 10 dias a gente viu se estabilizar, mas num patamar inferior. Ela parou de cair", disse Lopes, mencionando grandes clientes corporativos da Gol como Petrobras, OAS e Volkswagen, que passam por diferentes problemas.

O executivo acrescentou que ainda é prematuro dizer se há alguma mudança de quadro. "A gente é muito dependente da situação econômica como um todo", disse, acrescentando que o cenário é "muito desafiador".

Além da demanda pressionada pelo cenário de fraco crescimento econômico, Lopes disse que a Gol espera um aumento nos preços do combustível de aviação no segundo trimestre.

(Reportagem adicional de Priscila Jordão)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.