RIO DE JANEIRO (Reuters) - O campo de Sururu, operado pela Petrobras (SA:PETR4), registrou em um poço a maior coluna de óleo já constatada no pré-sal da Bacia de Santos, atingindo a marca de 530 metros, disse nesta sexta-feira a diretora de Exploração e Produção da petroleira estatal, Solange Guedes.
A coluna é uma seção vertical, que ajuda a delimitar a extensão de uma descoberta. O recorde registrado em Sururu, em poço concluído em 13 de julho, está bem acima da média dos cinco poços do pré-sal com as maiores colunas de óleo, de 436 metros.
"Nossos melhores resultados foram abaixo de 500 metros: isso nos dá a confiança na trajetória do investimento... da nossa alocação muito seletiva e prioritária, cuidadosa... apostando em resultados como esse", disse Solange, em coletiva de imprensa sobre os resultados da companhia no segundo trimestre. [nL1N1UU18H]
A Petrobras tem 42,5 por cento de participação em Sururu, onde tem como parceiros a anglo-holandesa Shell (AS:RDSa) (25 por cento), a Total (PA:TOTF) (22,5 por cento) e a portuguesa Galp (LS:GALP) (10 por cento).
Mais tarde, durante teleconferência com analistas de mercado, a diretora voltou a destacar os resultados do pré-sal e frisou que a produtividade das áreas estão se confirmando conforme o previsto em estimativas em anos anteriores e às vezes até superando expectativas.
A produção da empresa no pré-sal, como operadora, superou o 1,5 milhão de barris de petróleo em abril, segundo Solange.
"Estamos diante de um tipo de reservatório único, sem muitos similares na indústria, nós somos bastante cautelosos para fazer previsão de produtividade e hoje nós apuramos sim, depois de praticamente oito anos produzindo no pré-sal, que a nossa visão mais provável está se realizando com viés otimista", disse a executiva.
"Estamos apurando muito nossa capacidade de entender de que forma projetos de engenharia de poços e também de sistemas submarinos... como ajustá-los para que a gente aumente ainda mais a produtividade. Essa lição aprendida nos últimos oito anos tem levado a um aprimoramento da forma de como colocar esses reservatórios em produção."
(Por Marta Nogueira)