CINGAPURA/PEQUIM (Reuters) - A China importou petróleo iraniano em julho pelo segundo mês desde o término de uma isenção de sanções pelos EUA a alguns países, segundo pesquisa de três empresas de dados, com uma estimativa mostrando que alguns volumes entraram nas reservas estratégicas do gigante asiático.
De acordo com as empresas, que rastreiam movimentos de navios-tanque, entre 4,4 milhões e 11 milhões de barris de petróleo iraniano foram desembarcados na China no mês passado, ou entre 142 mil e 360 mil barris por dia (bpd).
O limite superior desse intervalo significaria que as importações de julho ainda chegavam a quase metade do nível do ano anterior, apesar das sanções.
As importações continuam em um momento precário nas relações EUA-China: o fluxo está prejudicando os esforços do presidente americano Donald Trump para sufocar as exportações de petróleo vitais para o Irã através de sanções, enquanto as tensões crescem na disputa comercial EUA-China.
Oficiais do governo Trump estimam que de 50% a 70% das exportações de petróleo do Irã estão fluindo para a China, enquanto cerca de 30% vão para a Síria.
A China é tipicamente o maior consumidor de petróleo do Irã e contesta as sanções de Washington. Mas as importações de junho de cerca de 210.000 bpd foram as mais baixas em quase uma década e 60% abaixo do nível do ano anterior, segundo dados da alfândega, já que alguns refinadores chineses, preocupados com as sanções, se abstiveram de lidar com o Irã.
A Administração Geral da Alfândega da China deve divulgar detalhes das importações de julho por origem na última semana de agosto.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, planejador estatal que supervisiona as reservas estatais de petróleo do país, e a agência alfandegária nacional não responderam aos pedidos de comentários da Reuters.