Cineworld toca nova mínima recorde com plano de reorganização e possível perda de valor de ações

Publicado 11.04.2023, 06:40
Atualizado 11.04.2023, 08:49
© Reuters

Por Scott Kanowsky

Investing.com – As ações do Cineworld Group (LON:CINE) atingiram uma nova mínima recorde nesta terça-feira, 11, após a problemática rede de cinemas registrar um plano de reorganização junto a uma corte de falências do Texas, EUA, com profundas repercussões para os acionistas, cujos papéis podem perder completamente seu valor.

Em comunicado, a empresa afirmou que a medida conta com o apoio de credores que detêm cerca de 83% dos empréstimos com vencimento em 2025 e 2026, bem como uma linha de crédito rotativo com vencimento em 2023. A companhia acrescentou que o plano, que ainda precisa ser aprovado pelo tribunal do Texas, não fornecerá "qualquer recuperação para os detentores dos interesses acionários existentes da Cineworld".

A Cineworld, segunda maior operadora de cinemas do mundo, já havia anunciado no início deste mês que pretende sair do processo de recuperação judicial aberto nos EUA, após chegar a um acordo de redução maciça da dívida e injeção de capital com seus credores.

O acordo prevê que os credores troquem US$ 4,53 bilhões em dívidas por ações e injetem mais US$ 800 milhões no grupo por meio de uma emissão de direitos com um desconto de 25% em relação ao valor implícito das ações da nova empresa.

Além disso, eles fornecerão à Cineworld um novo financiamento de dívida no valor de US$ 1,46 bilhão, para que a empresa saia do processo de recuperação judicial.

A Cineworld passou a enfrentar dificuldades operacionais devido ao aumento das dívidas durante a pandemia, quando governos ao redor do mundo obrigaram o fechamento de cinemas para conter a transmissão da Covid-19.

Essa medida privou a proprietária dos cinemas Regal da receita necessária para quitar seus débitos crescentes, especialmente após a companhia contrair pesados empréstimos para adquirir a empresa canadense Cineplex. Esforços posteriores para desfazer o acordo foram barrados por tribunais canadenses, deixando a Cineworld sem saída para escapar das dívidas.

A recapitalização permitirá o pagamento integral de um financiamento chamado “devedor em posse” de US$ 1,94 bilhão, acordado durante o processo de recuperação judicial.

O grupo ainda está em negociações para vender seus cinemas fora dos EUA, como Reino Unido e Irlanda.

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