Citi muda visão sobre mercados emergentes e eleva ações do Brasil

Publicado 02.05.2025, 09:37
© Reuters

Investing.com — Em um contexto de elevada incerteza macroeconômica, estrategistas do Citi revisaram suas recomendações para diversos mercados emergentes, elevando Brasil e Coreia do Sul para a categoria "neutro", enquanto rebaixaram México e Arábia Saudita para "abaixo da média".

A mudança de postura reflete a combinação entre volatilidade nas perspectivas globais, impactos prolongados das tarifas norte-americanas e revisões negativas contínuas nos lucros das companhias que integram o universo dos mercados emergentes (ME).

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Segundo relatório divulgado nesta sexta-feira, “Brasil e Coreia foram promovidos a neutro, com ambos ainda apresentando projeções de lucro por ação (LPA) conservadoras em nossos modelos”.

O Citi também ajustou sua visão sobre Taiwan, reduzindo a recomendação para neutro em razão da deterioração nas revisões de lucros. Já México e Arábia Saudita foram rebaixados para "abaixo da média".

A decisão de elevar Brasil e Coreia do Sul foi ancorada em sinais de recuperação nos lucros e em métricas de valuation mais atrativas. No caso coreano, mesmo com a exposição elevada ao comércio global, os analistas apontaram que os preços já refletem boa parte das perdas esperadas. Para o Brasil, há melhora nas revisões de resultados e certa blindagem contra choques tarifários.

Em contrapartida, México e Arábia Saudita enfrentam maior deterioração nas condições externas. O Citi apontou que o México segue vulnerável ao enfraquecimento da economia dos EUA e às tarifas, com pouco espaço para revisão positiva nas metas de retorno. Já a Arábia Saudita deve enfrentar adversidades decorrentes da valorização cambial e da queda nos preços do petróleo.

A avaliação geral do banco sobre os mercados emergentes permanece conservadora, com recomendação abaixo da média para a classe de ativos como um todo. O Citi projeta um avanço limitado — de cerca de 5% — para o índice MSCI EM até dezembro, com meta de 1.170 pontos.

Ainda assim, os riscos seguem predominantemente negativos, sobretudo em função da política tarifária dos EUA. O relatório estima que os tributos adicionais podem comprometer entre 5 e 6 pontos percentuais no crescimento dos lucros do MSCI EM neste ano.

Em termos de alocação setorial, a estratégia do Citi segue priorizando nomes cíclicos e defensivos, com preferências acima da média para Índia, África do Sul e Chile.

Apesar da recente estabilização nas bolsas emergentes, os estrategistas seguem cautelosos. “O mercado encontrou algum alívio diante de sinais mais moderados por parte do governo Trump em relação ao comércio. Ainda assim, a ameaça tarifária persiste, e as projeções de lucros continuam sendo revisadas para baixo”, conclui o relatório.

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