Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou a segunda-feira em alta, após um pregão volátil, marcado pelo vencimento de opções sobre ações e repercussão dos protestos contra o governo federal, tendo como pano de fundo o desempenho positivo em bolsas no exterior.
O Ibovespa subiu 0,52 por cento, a 48.848 pontos, após oscilar entre queda de 0,41 por cento na mínima e 1,25 por cento na máxima. O volume financeiro, incluindo as operações atreladas ao vencimento de opções, somava 7,7 bilhões de reais.
"O mercado continua refletindo a confusão política que o país está atravessando", disse o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus. "A volatilidade continua alta, os ativos oscilam muito, porém o volume está fraco, perto do que já tivemos no passado, demonstrando que o dinheiro do mercado em maioria é especulativo", afirmou.
Do total movimento nesta segunda-feira, 2,1 bilhões foram referentes ao vencimento de opções. No ano, o volume médio diário está em 6,6 bilhões de reais.
Em relação aos protestos, o ex-diretor do Banco Central Mario Mesquita, que comanda a área de economia do Banco Brasil Plural, avaliou que enfraquecem o governo, o que, no curto prazo, tendem a dificultar a implementação do ajuste fiscal.
Para o sócio e diretor de estratégia da Arko Advice Thiago Aragão a solução dos problemas de Dilma Rousseff passam pelo PMDB, que ganhou importância após as manifestações de domingo. "O partido pode ser a bala de prata, pode ser a salvação do governo, depende do valor que Dilma quiser dar a ele", disse Aragão.
No exterior, a trégua no enfraquecimento do euro ante o dólar amparou ganhos em Wall Street e também proporcionou suporte na Europa, enquanto o mercado aguarda a decisão de juros nos Estados Unidos nesta semana.
PAPEL POR PAPEL
Petrobras encerrou em alta de 1,93 por cento, após recuar no meio do pregão, com o noticiário incluindo fala do diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold, de que a estatal vai tentar antecipar o máximo possível a publicação de balanço.
As ações da companhia estão entre as séries mais líquidas do vencimento e também tendem a ser influenciadas pelo exercício.
CCR e Ecorodovias ficaram na ponta positiva do índice nesta segunda-feira, quando foram entregues propostas para o leilão da ponte Rio-Niterói. Seis grupos entregaram ofertas, entre eles CCR e Ecorodovias.
Triunfo Participações, que não está no Ibovespa, disparou 20 por cento. De acordo com uma fonte do governo federal, a empresa é uma das que fez proposta para o leilão da ponte.
Energias do Brasil avançou 5,4 por cento, com analistas do Bank of America Merrill Lynch elevando preço-alvo da ação para 12 reais e mantendo a recomendação de "compra".
A trégua no avanço do dólar no exterior amenizou a alta da moeda norte-americana frente ao real e enfraqueceu papéis como do setor de papel e celulose e de empresas exportadoras.
No caso das siderúrgicas, que tendem a reagir ao dólar, Usiminas descolou, principalmente os papéis ordinários, que não estão no Ibovespa e voltaram a disparar, fechando em alta de 35,29 por cento.
Operadores não souberam justificar o forte avanço, conforme a companhia segue mergulhada em uma crise interna de disputa de poder. CSN, que detém ações da empresa e cobra na justiça direito de tag along na operação que levou o grupo Ternium-Techint ao bloco de controle da companhia, foi na esteira e subiu 1,64 por cento.
Veja as maiores altas e baixas do Ibovespa nesta segunda-feira:
ALTAS
Ação Preço(R$) Variação
CCR RODOVIAS ON 14,83 5,55%
ENERGIAS BR ON 9,17 5,4%
OI PN 6,56 5,3%
MULTIPLAN ON 52,36 3,81%
BMF BOVESPA ON 9,96 3,21%
ECORODOVIAS ON 9,27 3%
CIELO ON 44,65 2,64%
LIGHT S/A ON 13,68 2,01%
QUALICORP ON 23,8 2,01%
PETROBRAS PN 8,46 1,93%
BAIXAS
Ação Preço(R$) Variação
MARCOPOLO PN 2,23 -4,29%
KLABIN UNT 17,77 -3,37%
FIBRIA ON 40,25 -3,27%
GAFISA ON 1,84 -3,16%
SUZANO PAPEL PNA 13,83 -3,15%
PDG REALT ON 0,4 -2,44%
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou a segunda-feira em alta, após um pregão volátil, marcado pelo vencimento de opções sobre ações e repercussão dos protestos contra o governo federal, tendo como pano de fundo o desempenho positivo em bolsas no exterior.
O Ibovespa subiu 0,52 por cento, a 48.848 pontos, após oscilar entre queda de 0,41 por cento na mínima e 1,25 por cento na máxima. O volume financeiro, incluindo as operações atreladas ao vencimento de opções, somava 7,7 bilhões de reais.
"O mercado continua refletindo a confusão política que o país está atravessando", disse o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus. "A volatilidade continua alta, os ativos oscilam muito, porém o volume está fraco, perto do que já tivemos no passado, demonstrando que o dinheiro do mercado em maioria é especulativo", afirmou.
Do total movimento nesta segunda-feira, 2,1 bilhões foram referentes ao vencimento de opções. No ano, o volume médio diário está em 6,6 bilhões de reais.
Em relação aos protestos, o ex-diretor do Banco Central Mario Mesquita, que comanda a área de economia do Banco Brasil Plural, avaliou que enfraquecem o governo, o que, no curto prazo, tendem a dificultar a implementação do ajuste fiscal.
Para o sócio e diretor de estratégia da Arko Advice Thiago Aragão a solução dos problemas de Dilma Rousseff passam pelo PMDB, que ganhou importância após as manifestações de domingo. "O partido pode ser a bala de prata, pode ser a salvação do governo, depende do valor que Dilma quiser dar a ele", disse Aragão.
No exterior, a trégua no enfraquecimento do euro ante o dólar amparou ganhos em Wall Street e também proporcionou suporte na Europa, enquanto o mercado aguarda a decisão de juros nos Estados Unidos nesta semana.
PAPEL POR PAPEL
Petrobras encerrou em alta de 1,93 por cento, após recuar no meio do pregão, com o noticiário incluindo fala do diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold, de que a estatal vai tentar antecipar o máximo possível a publicação de balanço.
As ações da companhia estão entre as séries mais líquidas do vencimento e também tendem a ser influenciadas pelo exercício.
CCR e Ecorodovias ficaram na ponta positiva do índice nesta segunda-feira, quando foram entregues propostas para o leilão da ponte Rio-Niterói. Seis grupos entregaram ofertas, entre eles CCR e Ecorodovias.
Triunfo Participações, que não está no Ibovespa, disparou 20 por cento. De acordo com uma fonte do governo federal, a empresa é uma das que fez proposta para o leilão da ponte.
Energias do Brasil avançou 5,4 por cento, com analistas do Bank of America Merrill Lynch elevando preço-alvo da ação para 12 reais e mantendo a recomendação de "compra".
A trégua no avanço do dólar no exterior amenizou a alta da moeda norte-americana frente ao real e enfraqueceu papéis como do setor de papel e celulose e de empresas exportadoras.
No caso das siderúrgicas, que tendem a reagir ao dólar, Usiminas descolou, principalmente os papéis ordinários, que não estão no Ibovespa e voltaram a disparar, fechando em alta de 35,29 por cento.
Operadores não souberam justificar o forte avanço, conforme a companhia segue mergulhada em uma crise interna de disputa de poder. CSN, que detém ações da empresa e cobra na justiça direito de tag along na operação que levou o grupo Ternium-Techint ao bloco de controle da companhia, foi na esteira e subiu 1,64 por cento.
Veja as maiores altas e baixas do Ibovespa nesta segunda-feira:
ALTAS
Ação Preço(R$) Variação
CCR RODOVIAS ON 14,83 5,55%
ENERGIAS BR ON 9,17 5,4%
OI PN 6,56 5,3%
MULTIPLAN ON 52,36 3,81%
BMF BOVESPA ON 9,96 3,21%
ECORODOVIAS ON 9,27 3%
CIELO ON 44,65 2,64%
LIGHT S/A ON 13,68 2,01%
QUALICORP ON 23,8 2,01%
PETROBRAS PN 8,46 1,93%
BAIXAS
Ação Preço(R$) Variação
MARCOPOLO PN 2,23 -4,29%
KLABIN UNT 17,77 -3,37%
FIBRIA ON 40,25 -3,27%
GAFISA ON 1,84 -3,16%
SUZANO PAPEL PNA 13,83 -3,15%
PDG REALT ON 0,4 -2,44%
GERDAU MET PN 11,5 -1,96%
GOL PN 8,18 -1,92%
MARFRIG ON 4,09 -1,92%
CEMIG PN 11,53 -1,87%