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Com geração de caixa, Moura Dubeux mira em pagamento de dividendos no fim do ano

Publicado 09.07.2024, 17:57
© Moura Dubeux
MDNE3
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Investing.com – Endividamento baixo e pagamento recorrente de dividendos são as características que Moura Dubeux Engenharia (BVMF:MDNE3) pretende transmitir ao mercado. Após geração de caixa no segundo trimestre com dados recordes, a Moura Dubeux Engenharia, incorporadora que possui mais de 40 anos de atuação na Região Nordeste, quer começar a pagar dividendos aos acionistas no quarto trimestre deste ano. É o que apontou Diego Villar, CEO da Moura Dubeux, em entrevista ao Investing.com Brasil, apontando sua visão de mercado e os objetivos frente à empresa.

LEIA MAIS: Ações que mais pagam dividendos em 2024

“É isso que a gente fala ao mercado: não seremos uma empresa alavancada e seremos empresa de pagamento de dividendos recorrentes”, reforçou durante a conversa nesta terça-feira, 09, em que disse que o mês de julho já iniciou forte em vendas.

A Moura Dubeux registrou lançamentos recordes no segundo trimestre deste ano, conforme prévia de seus resultados operacionais preliminares, ainda sujeitos à revisão da auditoria. Foram 4 lançamentos no segundo trimestre: Recife/PE (mood), Aracajú/SE (beach class), Salvador/BA (alto padrão), Fortaleza/CE (mood).

Os lançamentos somaram R$637 milhões de valor geral de vendas (VGV) líquido entre abril e junho, um avanço de 83,8% na comparação com o período entre janeiro e março, quando somou R$347 milhões. Frente ao mesmo período do ano passado, quando os lançamentos totalizaram R$594 milhões, a alta foi de 7,3%.

As vendas líquidas atingiram R$492 milhões, ganho de 32,1% ante os R$375 milhões do trimestre anterior. Em relação a igual intervalo de 2023, quando o indicador somou R$350 milhões, registrou elevação de 40,3%.

No trimestre, a empresa gerou R$ 18,7 milhões em caixa, mas queimou, no acumulado de doze meses, um montante de R$ 161,1 milhões – e a companhia mira em estratégias com foco neste indicador.

A empresa espera uma receita líquida de R$1,6 bilhão para o ano de 2024, o que representa uma variação positiva de 40%. Para o lucro líquido a estimativa é de crescimento na mesma magnitude, também considerando o ano como um todo.

Veja a entrevista com o CEO:

Investing.com – O que motivou o operacional recorde da companhia e, com este resultado, qual será a estratégia nos meses por vir?

Diego Villar – Já vínhamos educando o mercado sobre alguns bons lançamentos que a Moura Dubeux vinha preparando no final do ano passado e no início desse.

É importante recapitular que, toda vez que se inicia um novo ano, temos sempre uma cautela de entender em qual direção o mercado vai, posto que possuímos um market share no Nordeste. Hoje cerca de 25% de todo o mercado de média e alta renda das sete regiões metropolitanas de sete de nove estados do Nordeste pertencem a Moura Dubeux.

Como o estoque da nossa região não é alto, a gente consegue entender qual é a dinâmica de absorção do mercado e não temos a pretensão de ser maior do que o patamar que mantém a empresa com baixa alavancagem. Toda projeção da companhia, a gente tem muita cautela sobre a gestão de caixa.

Assim, vamos escolhendo os projetos dentro que acreditamos que vai ter um bom VSO e uma boa manutenção de margem. No final do segundo trimestre apresentamos dois produtos, de quatro, que tiveram uma excelente performance de vendas. A exemplo do Concept Jardins e de um residencial em Salvador de alto padrão que puxou bem o nosso VSO, especificamente para esses dois produtos, somado também, aos demais que nós já tínhamos em estoque. A gente também tem uma dinâmica de entender que lançamento tem que vir com VSO puxando também as vendas do que nós temos na prateleira, mantendo em níveis muito baixos o estoque pronto, que também é outra estratégia de melhor giro do ativo.

Culminou que agora no segundo trimestre a gente teve um forte desempenho de vendas, o maior da história da companhia e como isso está dando certo, a tendência é que no terceiro trimestre isso se repita.

Inv.com – Quais as ações para reverter o consumo de caixa acumulado em um ano?

Villar – O consumo é natural da operação, principalmente no ciclo que a gente se colocou no início do ano passado e ao longo desse ano, que é uma execução robusta dos nossos projetos lançados a partir de 2020. Mas como temos uma boa quantidade de projetos que já iniciamos o ciclo de entrega e eles tiveram uma boa performance de comercialização, é natural agora que a gente inicie, no terceiro trimestre, a fase de repasse e esse recebível volta para o nosso caixa, mudando a característica da dívida líquida, gerando caixa, essa é a nossa expectativa. A partir do momento que a gente entra no ciclo de geração de caixa, buscamos ser uma companhia de pagamentos recorrente de dividendos.

Inv.com – Os projetos lançados têm sido focados em qual segmento? Por quais motivos?

Villar – A gente tem uma estratégia hoje de concentrar lançamento no alto padrão e também na linha Mood, considerada classe média, que ganha em torno de 15 mil reais mensais. Então, na nossa região, altíssima renda e esse segmento da Mood.

Também é importante destacar que a gente tem duas linhas de produtos, uma Concept e a outra Beach Class, que são focados em imóveis que também funcionam bem para rentabilidade, imóveis para locação, incluindo short stay. Esses produtos também têm tido uma boa performance de vendas, então é nesse segmento que a Mood vem concentrando seus lançamentos nos últimos meses.

Inv.com – Vocês possuem alguma estimativa de lançamentos para este ano?

Villar – A gente não faz isso porque de fato a gente não tem um objetivo claro ao mercado de crescimento da empresa, mas temos de crescimento de rentabilidade. Olhamos o quanto que a gente consegue lançar posto que o mercado pela dinâmica que eu te falei anteriormente consegue sempre absorver um pouco mais porque a gente é a única incorporadora de média e alta renda operando no Nordeste de forma uniforme. Então a gente olha para lançamento, projetos em andamento, curva de vendas, execução de projeto, nível de alavancagem, isso tudo tem que culminar em dois gatilhos. O primeiro é de baixíssima alavancagem e o segundo é pagamento recorrente de dividendos.

Então o nosso crescimento sempre está ancorado ao tamanho que permita abrir espaço para pagar dividendos recorrente com baixíssima alavancagem. Nunca ultrapassar 20% da dívida líquida sobre P/L.

É isso que a gente fala ao mercado: não seremos uma empresa alavancada e seremos empresa de pagamento de dividendos recorrentes.

Inv.com – Acreditam que uma Selic em patamar mais elevado por mais tempo pode afetar esse tipo de consumidor?

Villar – A taxa de juros tem um efeito significativo sobre o mercado imobiliário. Para você ter uma ideia, quando a taxa de financiamento para a família reduz três pontos percentuais, só na nossa região, são acrescidos, anualmente, 200 mil famílias com capacidade de enquadramento de renda.

Mas, como o nosso mercado, especificamente o Nordeste, tem trabalhado com um produto com baixo estoque na prateleira, a gente não é afetado diretamente com a não redução da taxa de juros.

O importante é que a expectativa de renda das famílias, de manutenção do emprego, da geração de renda, permaneça positiva, é o que chamado índice de confiança da economia, e isso tem se mostrado resiliente, mesmo quando a Selic chegou ao patamar mais elevado.

Seguimos otimistas com relação à venda de imóveis, não temos visto uma redução de demanda na ponta. Pelo contrário, a prévia do segundo trimestre mostrou isso e julho iniciou muito forte também em vendas, então a gente ainda segue confiante no nosso mercado.

Inv.com – As ações da companhia tiveram forte impulso em junho, e em um ano com um todo, apesar de uma queda em três meses. O que pode ter motivado essa apreciação e acredita que mudança no benefício do FGTS pode ajudar os papeis?

Villar – A gente acompanha o valor da ação, mas claramente ele não reflete o resultado que a companhia vem entregando. A gente ainda tem um desconto em relação a outras boas incorporadoras como a Cyrela (BVMF:CYRE3), a Eztec (BVMF:EZTC3), mas a gente tem feito o nosso dever de casa, que é rentabilizar melhor o nosso patrimônio, trimestre a trimestre, com qualidade de produto, com qualidade de imagem, com uma boa eficiência tanto operacional quanto financeira. A sazonalidade de preços de trimestre a trimestre representa mais um efeito macro do que pelo próprio desempenho da companhia.

A gente teve uma discussão muito forte recentemente sobre o equilíbrio fiscal das contas do governo que naturalmente afeta não só a empresa, como toda a bolsa, e todas as incorporadoras. As incorporadoras são um tipo de empresa hoje dentro da bolsa com liquidez que não é tão saudável, com liquidez baixa, o que acaba naturalmente trazendo esse tipo de oscilação de forma significativa.

Mas a gente segue confiante que nada supera a consistência e a recorrência de bons resultados. Como agora, no final do ano, a gente entrará no ciclo de pagamento de dividendos, a nossa expectativa é de que tenha uma busca maior pelos nossos papeis.

Estamos virando um prejuízo acumulado de outrora e, com isso, começamos a abrir espaço para pagamento de dividendos no quarto trimestre, principalmente agora com a nossa geração de caixa.

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