Investing.com - Após anunciar que encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro de R$ 14,5 bilhões, as ações da Vale (SA:VALE3) operam com ganhos 1,40% R$ 50,30. O resultado representa quase seis vezes o registrado um ano antes, em meio a preços mais altos do minério de ferro e com forte alta dos prêmios pagos pelo seu produto de melhor qualidade.
Após a publicação do resultado, a companhia anunciou baixas contáveis e que espera provisões bilionárias relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho (MG), que matou centenas e paralisou minas em Minas Gerais.
Contudo, a mineradora ponderou que ainda não é possível fornecer estimativas confiáveis de perdas globais decorrentes do colapso da estrutura.
“Foi resultado bom, como esperado, em linha com o nosso número, mas a empresa não deu detalhes adicionais relacionados ao acidente”, comentou o analista do Santander (SA:SANB11) para o setor de mineração, Gustavo Allevato.
A mineradora afirmou que realizou baixa contábil de 480 milhões de reais pela mina de Córrego do Feijão, relacionada à estrutura que colapsou em Brumadinho, e também por ativos ligados a barragens com método de construção a montante, com impacto nos resultados a partir do primeiro trimestre de 2019.
Para a Mirae Asset, no geral, a Vale mostrou crescimento nos números divulgados, mas vieram abaixo da expectativa de mercado, devido a queda no prêmio do minério de ferro e um menor volume, em relação as expectativas.
Para os analistas, não há dúvida são números sólidos e eles esperam melhora de margem no 1T19, em virtude da alta do preço do minério de ferro. A recomendação segue de compra, com upside de 21,5% e no curto prazo ainda esperam números sólidos,