Bruxelas, 11 jun (EFE).- A Comissão Europeia afirmou nesta segunda-feira que a ajuda de 100 bilhões de euros oferecida à Espanha para sanear os bancos do país é suficiente para fazer frente aos "cenários mais adversos" e oferece ainda uma "margem de segurança adicional".
"Claramente o Eurogrupo queria cobrir todas as eventualidades, inclusive nos cenários mais adversos, e ter ainda uma margem de segurança adicional para dissipar todas as dúvidas sobre a robustez da ajuda e a determinação de atuar para garantir a estabilidade financeira", afirmou em entrevista coletiva o porta-voz econômico da Comissão, Amadeu Altafaj.
Segundo Bruxelas, as necessidades reais dos bancos serão conhecidas "nos próximos dias ou semanas", quando forem divulgados os resultados da avaliação independente que está sendo feita sobre o setor financeiro espanhol.
A Comissão, por sua parte, também efetuará uma análise da situação do setor quando a Espanha apresentar um "pedido formal" de ajuda.
Junto a essa avaliação, Bruxelas proporá ao Eurogrupo que determine condições para o setor financeiro. "Faremos isto em cooperação com o Banco Central Europeu, a Autoridade Bancária Europeia e o Fundo Monetário Internacional", explicou Altafaj.
Segundo Bruxelas, a solução encontrada foi a melhor possível, embora tenha ressaltado que os problemas dos bancos espanhóis "deveriam ter sido tratados muito antes".
"As debilidades do setor bancário espanhol, e mais em particular das caixas econômicas, não eram um segredo para qualquer um que tenha um conhecimento mínimo da situação financeira das instituições na Espanha", assegurou Altafaj.
Para a Comissão, o resultado é "bom para os cidadãos espanhóis, mas também para a Europa em seu conjunto".
Altafaj destacou além disso que o Eurogrupo considerou em sua reunião que a Espanha "está atuando decididamente para consolidar suas finanças públicas.
Embora todas as condições relativas à ajuda estejam vinculadas ao setor financeiro, os sócios europeus esperam que a Espanha cumpra com seus "compromissos" no âmbito orçamentário e das reformas estruturais, insistiu Altafaj. EFE