Investing.com - As ações da Companhia Paranaense de Energia (Copel (SA:CPLE6)) operam com desvalorização de 1,92% na tarde desta terça-feira na bolsa paulista. O dia é marcado por incertezas no mercado interno devido ao cenário eleitoral.
Ontem, em entrevista à Reuters, diretor financeiro da elétrica, Adriano Rudek de Moura, afirmou não ver riscos dos resultados das eleições no estado do Paraná impactarem a política tarifária da estatal.
A fala do executivo vem após o deputado estadual Ratinho Junior (PSD), que lidera as pesquisas de voto para o governo paranaense, ter criticado duramente uma recente alta de cerca de 16 por cento nas tarifas da Copel autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo informações do site de Ratinho Junior, ele pediu ao governo estadual a revisão do reajuste, alegando que a tarifa maior penalizaria a sociedade e a atividade econômica no Estado.
“Sinceramente, vejo com surpresa esses comentários, porque a Copel está muito blindada com relação a esses tipos de discursos demagógicos. Temos no nosso estatuto uma restrição, uma blindagem em relação a esse tipo de ação... não vejo nenhum risco, sinceramente, de que isso possa acontecer”, disse Moura em entrevista à Reuters.
“Uma mudança dessas significaria mudar o estatuto, com aprovação de todos os sócios, não só o majoritário (o governo paranaense)... o risco é quase zero”, adicionou o executivo.
Para a Mirae Asset, como a empresa é estatal o governo do Parará tem o maior número de conselheiros, e quem decide a aplicação das tarifas é o Conselho, os analistas acreditam que as ações já estejam precificadas com o risco político, pois estão defasadas em bolsa em relação a Cemig (SA:CMIG4) e ao Ibovespa.
Apesar disso, ainda devem continuar voláteis, em função das eleições de outubro,
A corretora segue recomendando a compra para a CPLE6, com upside de 51%. A ação negocia a um múltiplo EV/Ebitda 2018 de 4,5x e de 3,9x parta 2019 e a um múltiplo Cot/VPA de 0,4x verso 0,8x da Cemig.