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CORREÇÃO - NII Holdings pode pedir proteção contra falência

Publicado 15.09.2014, 14:57
CORREÇÃO - NII Holdings pode pedir proteção contra falência

Por Guillermo Parra-Bernal e Brad Haynes

(Corrige título e segundo parágrafo para esclarecer que a empresa deve pedir proteção contra falência, não pedir falência)

SÃO PAULO, 15 Set (Reuters)- A NII Holdings, dona da marca da operadora Nextel na América Latina que luta contra uma dívida de 5,8 bilhões de dólares e concorrência acirrada no Brasil e no México, pretende pedir proteção judicial contra falência nos Estados Unidos a partir desta segunda-feira, de acordo com duas fontes com conhecimento direto da situação.

De acordo com uma fonte, que pediu anonimato uma vez que o processo está em andamento, o pedido de proteção contra falência de acordo com o Capítulo 11 das leis norte-americanas permitiria à companhia com base em Reston, na Virgínia, NII Holdings reestruturar sua dívida com credores. A NII Holdings opera em vários países da América Latina sob a marca Nextel.

A empresa quer transformar os credores em acionistas e implementar um modelo de negócio mais sustentável com foco no Brasil e no México, seus dois maiores mercados, acrescentou a fonte. O Capítulo 11 é uma forma de falência que reorganiza os negócios e ativos de uma empresa por um período limitado.

Ligações para a NII Holdings em busca de comentários não foram imediatamente retornadas.

No Brasil, a NII Holdings tem perdido clientes e sofrido um declínio na receita média por usuário enquanto a América Móvil, a espanhola Telefónica e a TIM Participações oferecem melhor cobertura para smartphones cada vez mais populares.

A NII Holdings está lutando para recuperar participação de mercado, mesmo depois que reguladores a isentaram do pagamento de taxas de interconexão para rivais maiores.

No mês passado, a NII Holdings alertou que poderia pedir proteção contra falência depois de divulgar seu nono prejuízo trimestral consecutivo. O presidente-executivo, Steve Shindler, disse na época que, apesar dos esforços para melhorar as operações, o caixa tinha caído para níveis insuficientes para suportar o negócio.

A empresa encerrou o segundo trimestre com 1 bilhão de dólares em caixa, uma perda líquida recorrente de 629 milhões de dólares e uma redução de 77 mil assinantes em sua base de clientes.

A empresa contratou os bancos de investimento UBS e Rothschild para a assessorarem sobre uma potencial venda e uma reestruturação da dívida, respectivamente.

(Reportagem adicional de Tom Hals)

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