Investing.com - A privatização da Eletrobras (SA:ELET3) é considerada uma das prioridades para o governo na reta final do mandato de Michel Temer. Uma das apostas do mercado era de que com a saída de Fernando Coelho Filho do cargo de ministro de Minas e Energia, o cargo poderia ser assumido pelo secretário-executivo da pasta, Paulo Pedrosa. No entanto, de acordo com informações da Reuters, Pedrosa oficializou a exoneração do cargo nesta sexta-feira.
O mercado via em Pedrosa como nome fundamental na discussão de planos fundamentais do Ministério, como é a privatização da Eletrobras. Além disso, a expectativa era que ele conseguisse atuar na reforma e regulamentação do setor elétrico, além de concluir uma renegociação do chamado contrato da Cessão Onerosa junto à Petrobras (SA:PETR4).
Pedrosa, que já foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e presidiu associações do setor elétrico, já vinha sinalizando internamente na pasta que "encerraria o ciclo" no governo no momento da saída de Coelho Filho, disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato.
Distribuidoras
O governo federal está dialogando com o Tribunal de Contas da União (TCU) para fazer os últimos ajustes antes da publicação do edital do leilão de seis distribuidoras da Eletrobras, afirmaram autoridades no começo da semana
Com o leilão das seis distribuidoras, que operam no Norte Nordeste, marcado para 21 de maio, o governo tem pouco mais de um mês para publicar o edital, que deve sair ao menos 15 dias antes do leilão.
"O TCU é um elemento que a gente está conversando e estão sendo feitas as últimas acomodações no texto do edital", afirmou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, a jornalistas em São Paulo.
A venda das distribuidoras deverá preceder a privatização da própria Eletrobras, cujo processo está sendo discutido no Congresso Nacional.